Bolsonaro exonera Marun e nomeia mulher de líder do governo no conselho de Itaipu
Ex-governadora do PR deve permanecer no cargo até 2024
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) formalizou a exoneração de Carlos Marun da função de Conselheiro da Itaipu Binacional, conforme publicação do DOU (Diário Oficial da União) desta quinta-feira (6). No lugar do engenheiro, Bolsonaro nomeou Maria Aparecida Borghetti, que deverá ficar no cargo até 16 de maio de 2024.
Indicado ao cargo pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), em 2019, Marun já havia confirmado, no início de abril, que deixaria o posto de conselheiro – logo após a saída do general Joaquim Silva e Luna da direção geral da Itaipu para a presidência da Petrobrás. Naquela ocasião, uma mensagem vazada de um grupo de Whatsapp na qual o ex-conselheiro trouxe à tona a informação. Nela, Marun admitia que seu desligamento já estava sendo tratado há cerca de dez dias.
A conselheira que assume o posto de Marun, Maria Aparecida Borghetti, é ex-governadora do Paraná e ex-deputada federal . Ela é esposa do líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo barros (PP-PR). A nomeação de Cida Borghetti, como também é conhecida, já era ventilada nos bastidores. No mês passado, ela esteve com Bolsonaro e publicou foto do encontro em suas redes sociais.
Mandato polêmico
A estadia de Marun na Itaipu Binacional foi permeada por percalços. O ex-ministro de Temer chegou a ser desligado do cargo de conselheiro, sendo, posteriormente, reconduzido. Na época, a manobra reforçou a articulação do Centrão – bloco de partidos de centro e centro-direita – em apoio político a Bolsonaro em troca de cargos.
Marum foi deputado federal pelo MDB e, no governo Temer, desempenhou a função de ministro-chefe da Secretaria de Governo. Ao apagar das luzes do governo, ele foi indicado pelo então presidente ao cargo de conselheiro da Itaipu Binacional.
Já durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Marun foi alvo de ação movida pelo MPF (Ministério Público Federal), na qual teve a nomeação cassada por decisão liminar, chegando a ficar cinco meses afastado do cargo. A vitória pela manutenção na função de conselheiro ocorreu em segunda instância.
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