O juiz federal aposentado Odilon de Oliveira confirmou nesta terça-feira (1º) que pretende apoiar a reeleição do atual prefeito de , (PSD), nas Eleições 2020. Ele descartou não apenas a ventilada pré-candidatura na Capital, mas também em municípios no interior onde teve o projeto cogitado.

A intenção de Odilon será percorrer, de forma online e, quando possível, presencial, municípios do interior para render apoio “a candidatos, não para partidos”, como ele explicou ao Jornal Midiamax. A intenção é “dar uma folga para voltar à cena política em 2022”, quando estarão em disputa o Governo do Estado e vagas no Congresso Nacional.

O apoio garante pai e filho –o vereador Odilon de Oliveira Junior (PSD)– no palanque de Marquinhos, que deve ter o nome homologado pelo PSD para disputar a reeleição. Questionado sobre as razões da decisão, o juiz federal aposentado salienta que o atual prefeito “pegou o município um pouco conturbado”, em razão da instabilidade política nas gestões de Alcides Bernal (Progressistas) e Gilmar Olarte.

“Sem querer criticar o prefeito e o vice anteriores, o Marquinhos pegou o município em uma situação complicada e vem tentando colocar no eixo”, avaliou, citando ainda as dificuldades encontradas em 2020 com a pandemia de coronavírus (Covid-19) pelos gestores públicos como empecilho na reta final dos mandatos municipais.

Odilon ainda minimizou o fato de que a aliança que se desenha em torno do projeto político de Marquinhos inclua o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), seu adversário em 2018 na corrida pelo Governo do Estado. “Isso não reflete em nada porque o apoio não é para o Azambuja e eu não deixaria de apoiar o Marquinhos por uma ‘raiva' que não existe. Não há mágoa, rancor, nada disso. Ele foi eleito para governar o Estado de todos”.

Odilon anuncia ‘folga' em 2020 para retorno ao cenário político daqui a 2 anos

Odilon vinha sendo cogitado como potencial candidato a prefeito de Campo Grande em 2020, por conta do desempenho na disputa pelo Governo do Estado em 2018 –a primeira que disputou e que terminou no segundo turno, com 677,3 mil votos para o tucano Reinaldo Azambuja e 616.422 para Odilon.

“Cheguei a pensar em disputar depois do resultado das eleições estaduais. Também recebi convite para [concorrer a prefeito] em , onde fui vitorioso [em 2018], e de grupos de pessoas em , onde venci nos dois turnos. Mas resolvi não concorrer, e sim dar uma folga para em 2022 voltar a cena política, não sei se como pré-candidato ao governo ou ao Senado”, afirmou.

Neste ano, Odilon pretende apoiar candidatos independentemente da posição partidária. “Pretendo percorrer o interior, mais pela internet por causa da pandemia, mas vou em alguns lugares”, afirmou. Três Lagoas e Dourados já estão no roteiro.

O ex-candidato a governador em 2018 segue sem partido, o que lhe dá mais liberdade para a composição de apoios. Sobre filiações, Odilon afirma que analisa diagnósticos, com mais simpatia pelas legendas de centro e descartando “a extrema esquerda”, que afirma ser incompatível com sua consciência política.