Especula-se que servidor demitido tenha desviado até R$ 3 milhões

Relatório da correição extraordinária promovida acerca de desvio de dinheiro de dentro da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, promovida pela desembargadora federal Therezinha Cazerta, entre 22 de agosto a 2 de setembro de 2016, ainda não foi concluída.

O que se sabe até agora, oficialmente, é que Jedeão Oliveira, servidor comissionado da corte, há 21 anos, dono de salário que beirava a casa dos R$ 16 mil, é quem teria embolsado importâncias em dinheiro que havia sido apreendida com investigados, principalmente traficantes de droga.

A 3ª Vara investiga crimes ligados ao tráfico de droga, lavagem de dinheiro e delitos financeiros financeiros, corrupção entre os quais.

O caso foi descoberto em julho do ano passado, mesmo mês que o servidor foi afastado do cargo. À época o juiz Odilon de Oliveira, chefe da 3ª Vara, pediu que o TRF-3 antecipasse a correição para apurar o caso.

A assessoria de imprensa do TRF-3, que fica em São Paulo, informou que depois de o inquérito ficar pronto, a questão é conduzida para o Conselho da Justiça Federal. Sem o desfecho da correição, disse a assessoria, não há como informar o valor exato do dinheiro desviado da 3ª Vara Federal. Extraoficialmente, o dinheiro sumido por Jedeão teria alcançado soma que varia de R$ 500 mil a R$ 3 milhões.

Jedeão é investigado, além do TRF, também pela Justiça Federal, em Campo Grande. Denunciado pelo MPF (Ministério Público Federal), o servidor exonerado tornou-se réu porque o inquérito tocado pela Polícia Federal indicou que ele, por 26 vezes, desviou dinheiro da 3ª Vara, onde ocupava cargo de chefia.

O crime supostamente praticado por Jedeão, é o de peculato, cuja pena, alterna entre 2 a 12 anos de reclusão.

Desde que o episódio tornou-se conhecido, em agosto do ano passado, Jedeão quis conversar com a imprensa.