R$ 116 milhões: Justiça triplica bloqueio de bens para ‘Máfia do Câncer’
Cada um tem R$ 29 milhões confiscados
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Cada um tem R$ 29 milhões confiscados
Subiu de R$ 6 milhões para R$ 29 milhões a quantia em bens patrimoniais bloqueados de cada um dos quatro réus encrencados na Sangue Frio, operação da Polícia Federal, deflagrada em 2013 para investigar fraudes contra o hospital do Câncer de Mato Grosso do Sul, instalado em Campo Grande.
Adalberto Abrão Siufi e a filha Betina Moraes Siufi Hilgert, Issamir Farias Saffar e Blener Zan terão, ao todo, R$ 116.102.628,59 bloqueados (R$ 29.025.657,14 cada), um aumento de 360% em relação ao montante indisponibilizado no início do processo, informou nesta segunda-feira, dia 3, a assessoria de imprensa do MPF (Ministério Público Federal). A justiça fez uma revisão no bloqueio dos bens a pedido do MPF. Até o início desta tarde, nenhum dos réus tinha se manifestado quanto a decisão da Justiça Federal.
Para o órgão ministerial, o valor do prejuízo estimado aos cofres públicos é um fato novo, sendo “plenamente cabível a alteração dos valores a serem bloqueados, cumprindo-se os ditames da Lei de Improbidade, que exige bloqueio de bens que assegurem o integral ressarcimento do dano”.
Sangue Frio
A Operação Sangue Frio apurou diversas irregularidades ocorridas na Fundação Carmem Prudente de Mato Grosso do Sul (Hospital do Câncer). Contratação de empresas prestadoras de serviço de propriedade dos diretores ou vinculados à família de Adalberto Siufi; contratação de familiares para ocupar funções responsáveis pelas finanças da fundação e para ocupar altos cargos; cobrança do Sistema Único de Saúde de procedimentos de alto custo após o óbito dos pacientes; e acordo com farmácia com indício de superfaturamento foram algumas das irregularidades identificadas.
Em junho de 2014, com base em análises preliminares de provas e documentos colhidos na operação, a Justiça Federal de Campo Grande atendeu a pedido do Ministério Público e determinou o bloqueio de R$51.381.369,79 na conta dos acusados. Os réus, contudo, recorreram ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), que diminuiu a restrição patrimonial de cada um deles para R$ 6.344.249,99.
Inconformado com o montante bloqueado e após análises conclusivas de peritos e auditores nos documentos apreendidos na operação, o MPF recorreu à Justiça para ampliar o valor bloqueado. Com a nova decisão judicial, cada réu terá, individualmente, R$ 29.025.657,14 em bens indisponibilizados, o que totaliza R$ 116.102.628,59.
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