Nelsinho nega evento ‘fake’ e classifica denúncia do MPE como ‘piada’
Ex-prefeito explicou que projeto visava regularização de lotes
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O ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PTB), classificou como ‘piada de mau gosto’ a ação do MPE (Ministério Público Estadual) que investiga realização de evento para haver autopromoção do então chefe do Executivo, no qual teria simulado regularização fundiária da mesma área para quatro pessoas diferentes, sendo que duas sequer tinham cadastro na agência.
Ao Jornal Midiamax, Nelsinho explicou que o projeto visava a regularização de lotes. “Nunca participei de evento ‘fake’, muito menos que buscasse autopromoção. Ao que me lembro este era um projeto da Emha (Agência Municipal de Habitação) que tinha por objetivo a regularização lotes. Não me lembro de nenhum evento deste porte. Durante todo período da minha administração, nunca fiz ou precisei de autopromoção. Agi sempre dentro da legalidade. Isso tudo (denúncia) é uma piada de muito mau gosto”, disse o ex-prefeito.
Já Paulo Matos, responsável pela administração da Emha na época, ressaltou que respeita o papel do Ministério e que tem toda tranquilidade para responder, junto a Nelsinho, por qualquer dúvida do órgão.
“Diante da denúncia, é papel do MPE tomar providências, mas acredito que é uma denúncia de cunho político, pois todo processo de regularização fundiária ocorreu dentro das leis municipais”, disse.
De acordo com Paulo, na administração de Nelsinho, haviam pelos menos sete programas voltados para área habitacional e que todos, inclusive o “Lote Legal” estavam dentro de um único projeto, o “Morar Bem Morena”.
“Uma gestão que entregou 13 mil unidades habitacionais e regularizou mais de 20 mil contratos para habitação, não tinha porque se vangloriar com 4 pessoas beneficiadas”, finalizou.
Ação
O MPE apura eventual ato de improbidade administrativa de Nelsinho e Paulo Matos, durante sua segunda gestão à frente da Prefeitura de Campo Grande.
De acordo com a denúncia, o fato afronta aos princípios da administração pública e causou complicações no processo de reintegração de posse na Capital. O fato ocorreu quanto houve “promessa amparada em ato administrativo ilícito, nulo de pleno direito, que reservava ao administrador público a vantagem de ‘solucionar’ junto aos invasores os questionamentos sobre a aquisição de casa popular”.
(Colaborou Ludyney Moura)
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