Advogado do prefeito afastado também já chegou ao local e deve conceder entrevista após o interrogatório

O prefeito afastado de Dourados, Ari Artuzi (sem partido) está sendo interrogado neste momento no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Ele depõe sobre a Operação Owari da Polícia Federal na qual é suspeito de participar de esquema de fraude em licitações e formação de quadrilha para beneficiar a família Uemura que detém a concessão de serviços públicos no município.

Artuzi veste uma camisa azul e tem cabeça raspada. Ele chegou ao prédio da corte sob um forte esquema de segurança. O prefeito, já afastado judicialmente,  chegou em uma Van, que era escoltada por duas Blazers, viaturas ocupadas por agentes penitenciários federais. 

Quem toma o depoimento é o desembargador Claudionor Abss Duarte. O interrogatório está sendo feito a portas fechadas. O processo corre em segredo de Justiça. A imprensa está no TJMS, mas não tem acesso ao local. Além de Artuzi, outras 10 pessoas acusadas de participação nas fraudes devem ser ouvidas hoje, entre as quais membros da família Uemura.

O prefeito está preso em Campo Grande desde 1º de setembro por conta de outra operação da Polícia Federal, a Uragano. Atualmente, ele cumpre prisão preventiva no Presídio Federal.

Desencadeada em julho de 2009, a Owari culminou no indiciamento de 60 pessoas, por operações fraudulentas na região sul do Estado, principalmente Ponta Porã e Dourados.

Desde o dia que foi preso, o prefeito afastado está incomunicável e sem falar com a imprensa. O advogado dele, Carlos Marques, já entrou com pedido de liberdade de Artuzi, mas o benefício foi negado no julgamento do último dia 19/10.

Marques, aliás, chegou há pouco no TJMS para acompanhar o interrogatório do cliente. Entrou na sala onde está Artuzi e o desembargador sem dar informações à imprensa. Ele promete repassar informações ao final.

Matéria atualizada às 8h35 minutos para acréscimo de informações