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Uso eleitoral de contratações estaria por trás de crianças sem creche em Campo Grande

Problemas como salário baixo e assédio moral podem ter raízes no uso eleitoral de contratações para EMEIs de Campo Grande
Da Redação -
Cuidadoras denunciam efeitos do uso eleitoral de contratações nas EMEIs de Campo Grande (Ilustração, Reprodução TST)
Cuidadoras denunciam efeitos do uso eleitoral de contratações nas EMEIs de Campo Grande (Ilustração, Reprodução TST)

O uso eleitoral de contratações estaria por trás do problema que deixa centenas de crianças sem creches em com o protesto desta terça-feira (5). A denúncia é de servidoras que atuam nas Emeis (Escolas Municipais de Educação Infantil).

As cuidadoras pararam as atividades em protesto contra a falta de gente e o salário baixo.

No entanto, não é só a sobrecarga e os contratos temporários precários que atrapalham o serviço essencial para milhares de famílias em Campo Grande. O uso eleitoral de contratações estaria na raiz do problema.

Assim, o atraso para chamar as trabalhadoras que auxiliam as poucas professoras em salas lotadas nas creches municipais campo-grandenses, além de suposta jogada para escapar de encargos trabalhistas e economizar, seria também uma forma de permitir que vereadores, cabos eleitorais e aliados preparem as ‘listinhas com gente para contratar’.

Segundo servidoras concursadas, mesmo com os processos seletivos, as contratações acabariam sendo uma grande distribuição de empregos para indicadas por aliados com algum interesse eleitoral. “Desde diretoras de Emeis que são vinculadas politicamente aos grupos que ocupam a Prefeitura, até vereadores, muita gente tem uma ‘cota’ para indicar”, revelam.

Enquanto isso, a situação favorece as condições vexatórias de contratação das pessoas que desempenham função social da mais alta importância: cuidam de nossas crianças.

Uso eleitoral das contratações e assédio moral nas Emeis

As cuidadoras ganham pouco para, muitas vezes, fazerem o papel de professores com turmas que chegariam a ter 20 crianças ou bebês. Além do salário baixíssimo, no extremo oposto de secretários municipais e outros nomeados de alto escalão, reclamam do tratamento e dizem que muitas sofreriam assédio moral constante.

“Dificultaram até o acesso ao plano de saúde porque o que a gente ganha não dá para pagar. Além disso, a gente tem que trabalhar feito loucas porque as diretoras geralmente são cupinchas de políticos e nos ameaçam com demissão”, denuncia uma das cuidadoras.

Na Emei onde ela trabalha, a diretora seria também dona do imóvel onde funciona a creche. A casa adaptada para receber as crianças da vizinhança seria alugada pela diretora para a Prefeitura.

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