O clima pós-eleitoral ficou péssimo após derrota vexatória e acelerou o distanciamento entre grupos políticos em Campo Grande. Assim, próximos dias devem ser de atrito e rediscussão de discurso desgastado.
Além dos indícios de traição, com resultados nas urnas nas eleições de 2022 muito aquém do prometido, dizem que planos para 2024 colocam todos em rota de colisão.
Desta forma, dizem que o atrito pós-eleitoral começou ainda no dia da apuração do primeiro turno, com gente descobrindo que dividiu esforços com muita gente de fora do pacote.
Expectativa de votação expressiva acabou frustrada com reeleição apertada e densidade eleitoral pífia.
“Teve reeleição muito sofrida, com votação de vereador, e isso escancarou que muitos dos acordos internos só existiam nos intervalos dos cultos e orações… Hoje tem muita gente questionando até que ponto tudo aquilo tinha alguma verdade”, relata nomeado em alto escalão na Afonso Pena.
Período pós-eleitoral impõe relação mais séria com a fé
Por isso, os mais sensatos já alertam que é preciso se afastar do discurso que acabou de sofrer verdadeira derrocada eleitoral. O segundo turno em Mato Grosso do Sul pode sacramentar este entendimento.
“A situação é muito delicada porque esse discurso arrastado, com toda papagaiada que apelava para a fé, quando faltavam argumentos, que baseava decisões na profecia de vitória, caiu por terra no primeiro momento pós-eleitoral”, avalia experiente servidor que desembarcou do projeto pouco antes da derrota.
Por fim, mesmo entre quem continua embarcado, momento é de reflexão sobre como traçar limites republicanos e estabelecer relação mais séria com a fé. Apesar de religião e política serem próximas desde sempre, críticos acham que os limites precisam ser revistos.
“Desastres recentes mostraram que misturar púlpito com gabinete não acabou bem. Muitos já estão cobrando uma postura mais sincera, porque 2024 deve cobrar isso”, pondera coordenador de campanha desiludido.
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