Hospital nega erro médico

A família de Francieli Colman, de 25 anos, vai processar o Governo de Mato Grosso do Sul por erro médico e negligência. A jovem deu à luz no dia 28 de dezembro, no Hospital Regional Dr. José de Simone Netto
 em Ponta Porã – município a 314 quilômetros de Campo Grande -, e morreu no dia 30 de janeiro, após uma peregrinação em busca de atendimento médico. A jovem sofreu embolia pulmonar, mas foi medicada somente com analgésicos.

Nesta quinta-feira, familiares da jovem disseram que irão  ingressar na Justiça contra o Estado e acusam o hospital de omissão. “O que matou ela foi a falta do diagnóstico”, afirmou o Dionísio Bellini, cunhado da vítima. A família ainda destacou que Francieli deixou um recém nascido e uma criança de 4 anos, e o pai, Otávio Franco Garcia, 23 anos,  perdeu o emprego para cuidar dos filhos.

Francieli teve parto cesária no hospital Regional de Ponta Porã, administrado pelo governo estadual.  Dois dias após o procedimento, a jovem já reclama de dores nas costas e falta de ar e passou por exame de Raio-X. Nenhum diagnóstico foi feito e ela recebeu alta um dia depois. Já em casa com o recém-nascido, as dores continuaram e a vítima retornou ao hospital por causa das dores. Segundo o marido, Otávio Franco Garcia, 23 anos, o médico a examinou e passou torsilax e paracetamol. “Passaram remédio para maquiar a dor”, comentou.

A medicação não amenizou os sintomas, e no dia 22 de janeiro Francieli retornou ao hospital.  Durante uma inalação, ela sofreu uma convulsão e teve que ser entubada. Devido a gravidade do estado de saúde, os médicos a transferiram ao Hospital da Vida em Dourados. Após oito dias de internação, a jovem faleceu. As dores nas costas na verdade era Embolia Pulmonar, uma doença em que uma ou mais artérias pulmonares ficam bloqueadas por um coágulo sanguíneo. O médico teria explicado a família que com a medicação correta, como um anticoagulante, a paciente não teria ido a óbito.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) lamentou o falecimento da paciente e afirmou que não houve erro médico ou negligência em nenhuma das três oportunidades em que ela esteve no hospital.