Inquérito da Polícia Civil havia concluído que crianças foram abusadas

O juiz Marcelo Ivo de Oliveira da 7ª Vara Criminal de Campo Grande decidiu pelo arquivamento do inquérito policial que apontava um personal trainner como autor do estupro dos filhos de sua noiva. Magistrado acolheu a manifestação do MPE (Ministério Público Estadual) sobre “não haver provas/elementos esclarecedores suficientes”, nesta segunda-feira (1º).

As investigações policiais iniciaram em agosto de 2016, após dois irmãos de 3 e 4 anos terem sido filmados pela tia paterna dizendo que o namorado da mãe, um personal trainer, de 28 anos, abusou deles. Após meses de investigação, a Polícia Civil denunciou o personal pelo estupro das crianças e encaminhou o caso ao judiciário, cabendo ao Ministério Público dar andamento ou não ao processo.

À época, o delegado que cuidou do caso, Fabio Sampaio, da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), disse que viu indícios suficientes para indiciar o suspeito por estupro de vulnerável. Ele encerrou o inquérito, já que a denunciante e tia das crianças, irmã do ex-marido da mãe das vítimas, mora em outro estado, o que dificultou as investigações.

Ao Jornal Midiamax, a mãe relatou que tudo começou há quase um ano, quando os filhos estavam em férias escolares, a qual passavam com o pai. Porém, o genitor desapareceu com os filhos e a mãe se viu obrigada a registrar um boletim de ocorrência. A justiça foi acionada e um mandado de prisão foi expedido contra o pai da criança – mesma época em que surgiu a denúncia do estupro contra o personal -.

Arquivada denúncia contra personal trainner suspeito de estuprar filhos da noiva

Na decisão do juiz frisou “Acolho a promoção ministerial, que apontou, por ora, a ausência de justa causa para propositura de uma ação penal. Pelo que foi dito pelo Ministério Público, vislumbra-se, neste momento, a falta de sustentabilidade fática por não haver provas/elementos esclarecedores suficientes para o oferecimento da denúncia. Por tais motivos, determino o arquivamento deste inquérito policial. (sic)”.

Satisfeita com a comprovação, a mãe, agora, quer tirar os filhos do convívio com o pai. “Usar uma acusação tão seria dessa apenas para destruir a vida de pessoas do bem também é crime. Essa avó, essa tia e pai, que expôs os meus filhos, alienou e os torturou psicologicamente, vão agora pagar por seus crimes. Preciso agora da justiça para retirar meus filhos do convívio total desses criminosos”, finalizou.