O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu nesta quinta-feira (25) manter bloqueados os bens do deputado e ex-prefeito Paulo Maluf (PP). Réu em ação de improbidade por desvio de 344 milhões de dólares e remessa de valores para paraísos fiscais na época em que ocupou o cargo de prefeito de São Paulo, ele solicitou ao tribunal a liberação de seu patrimônio, bloqueado desde 2004 por ordem da 4ª Vara da Fazenda.

Maluf alegou que essa medida é uma “ofensa aos princípios constitucionais” porque vigora há dez anos. O desembargador Osvaldo Magalhães decidiu que “ainda subsistem os motivos (do bloqueio) como medida de interesse público”. Ao se opor à pretensão de Maluf, o promotor Silvio Marques alertou que o desbloqueio “seria uma zombaria ao cidadão honesto”.

Em razão dessas suspeitas de desvio de dinheiro público, Maluf teve a candidatura barrada pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa – ele tenta mais um mandato na Câmara dos Deputados.

Maluf foi orientado por sua equipe de advogados a não falar com a imprensa até que a situação da candidatura esteja resolvida e todos os recursos esgotados.