O presidente do Setlog-MS (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Estado de Mato Grosso do Sul), Claudio Cavol, alertou o Ministério dos Transportes sobre a BR-163 no Estado. Ao citar gargalos logísticos em MS, apontou falta de duplicação de rodovias federais que cortam o Estado. A afirmação desta terça-feira (3) acontece no 9º Encontro Regional do PNL (Plano Nacional de Logística) 2050.
O Ministério dos Transportes promove o evento. Assim, Claudio aproveitou para pontar os principais desafios logísticos do Estado, como a falta de duplicação de rodovias federais importantes.
“Em especial, a não duplicação total após a repactuação do contrato com a operadora da via”, apontou o sindicalista. A CCR se mantém como concessionária da via após leilão.
Agora, terá obrigação de duplicar menos da metade da rodovia que corta MS de Norte a Sul. Após o resultado do leilão, o Setlog-MS apontou que o setor estava em luto com a manutenção da empresa.
LEIA – Motiva vence leilão, reduz duplicações e CCR segue com concessão bilionária da BR-163 em MS
Baixa qualidade, aponta sindicato
Além disso, Cavol apontou a baixa qualidade da malha rodoviária estadual, a insuficiência de infraestrutura ferroviária para o transporte de cargas em larga escala e a ausência de terminais intermodais integrados.
Então, destacou ao Ministerio que “todo dia nós temos 30% da frota brasileira parada, sem rodar, sem produzir, esperando na porta de uma grande cerealista, de um grande atacadista, de uma grande indústria”.
O presidente do sindicato disse que não conseguem “quebrar” esse obstáculo. “Precisamos da ajuda das autoridades para que essa logística seja mais ágil”, destacou.
Com o tema “Participação Social para Construção do Diagnóstico do PNL 2050”, o evento teve como objetivo reunir contribuições do setor público, da sociedade civil e de agentes produtivos para construir um diagnóstico técnico condizente com a realidade local.
Os representantes do Setlog-MS também listaram a necessidade de integração dos modais disponíveis no Estado, tanto rodoviário, quanto aquaviário. Segundo eles, a ausência de participação desses modais e a falta de modernização dos portos brasileiros causa sobrecarga ao setor.
“Estrangulamento das operações de comércio exterior”, afirmou. Por fim, identificaram a deficiência na
manutenção de estradas não pavimentadas em regiões produtoras. Ademais, apontaram que a falta de investimentos contínuos em logística dificulta o aproveitamento pleno do potencial do Estado. “Especialmente com a implantação da Rota Bioceânica”, ressaltaram.