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Política

Sindicato das empresas de transporte de MS lamenta vitória da CCR para BR-163: ‘Setor em luto’

CCR segue com concessão bilionária em MS, após atrasos de obras previstas no contrato inicial
Dândara Genelhú, Thalya Godoy -

O SetLog (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Estado de ) lamentou a manutenção da CCR como concessionária da no Estado. Nesta quinta-feira (22), o presidente do sindicato, Claudio Cavol, disse que “o segmento de transporte, todo mundo, está de luto”.

Ao Midiamax, disse que “é com pesar que nós assistimos a repactuação, o . Nós não sabemos como poder chamar isso que aconteceu com a CCR MSVia, pois estaremos 30 anos, mais 30 anos, sem a explicação dessa importante rodovia que faz parte da história do estado de Mato Grosso do Sul”, comentou.

A Motiva — nova marca da CCR — venceu o leilão e segue com a concessão bilionária da BR-163 em MS.

São 845,9 quilômetros de extensão de rodovia em MS. Em mais de uma década, a concessionária entregou apenas 17% dos trechos duplicados.

Duplicação e mortes

A aplicação de obras de duplicação é destaque para o presidente do SetLog. Contudo, a quilometragem de trechos duplicados cai com o novo contrato.

Se antes a CCR deveria entregar 806 km de duplicação, hoje são apenas 203 km com a repactuação. “Infelizmente, nossos governantes, tanto federal como estadual, poderiam talvez ter evitado, para que esse novo contrato com a CCR não acontecesse. Então, significa que são 30 anos com a BR-63, sem a duplicação de vias”, lamentou.

Ademais, ressaltou da periculosidade das vias não duplicadas. “Nossas famílias, nossos caminhões, nossos motoristas, toda a população de sul-mato-grossenses vem sofrendo, sujeito a acidentes graves e até mesmo mortes”.

LEIA – Motiva vence leilão, reduz duplicações e CCR segue com concessão bilionária da BR-163 em MS

Sindicato estima

Para o sindicalista, as possibilidades de investimentos podem ser prejudicadas com a concessão da CCR em MS. “Mato Grosso do Sul é um estado produtor de produtos primários”.

“Mesmo alguns produtos que são produzidos aqui dentro, que são industrializados, não têm um valor agregado muito alto. Totalmente diferente do que , que fabrica celular, que fabrica automóveis”, disse.

Então, seguiu: “A economia não consegue absorver rodovias com pedágio muito caro, como está acontecendo”, disse Cavol.

Destacando que duplicações são modernidade para as rodovias, o sindicalista disse que o grupo é contra aumento nas tarifas. “Nós somos contra ter um pedágio caro, como está se desenhando, pois esse pedágio da CCR vai duplicar, dentro de um máximo de 12 meses de valor”, estimou o presidente do sindicato.

Disse, ainda, que o valor não condiz com os serviços e as entregas da concessionária. “É um pedágio caro, hoje, pelo pouco que ela está nos dando em troca, que ela está nos entregando. Nós vamos ter a maior parte da rodovia sem duplicação, e ficou nisso”, pontuou.

LEIA – Concessão bilionária terá que resolver trechos urbanos, considerados os mais perigosos da BR-163

Acidentes

Apesar de a ANTT apontar que terceiras faixas serão suficientes para diminuir acidentes na BR em MS, o setor discorda. “Não vai ser suficiente, não, o que seria suficiente é a duplicação total da BR-63, o resto é balela”.

Nesta semana, o Midiamax publicou série de reportagens de dados que mostram os índices de acidentes na rodovia, de concessão da CCR em MS. São 18 ocorrências a cada km da estrada, e os trechos urbanos concentram os incidentes, expondo problemáticas da BR-163.

A CCR é investigada pelo MPF (Ministério Público Federal) por supostas irregularidades na concessão inicial. A empresa é a atual responsável pela concessão bilionária, que deixou mais de 80% da rodovia sem duplicações e soma 18 acidentes a cada quilômetro, nos últimos anos.

Instaurado pelo MPF por portaria de 5 de maio, o inquérito apura “supostos indícios de possível irregularidade, em tese, concernente à execução do contrato de concessão firmado em 2014 para a exploração da BR-163/MS, pela CCR MSVia”. Além disso, investiga a “proposta de repactuação da concessão federal, mormente tendo em conta a não realização das obras de duplicação da rodovia, previstas no instrumento”.

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