As próximas oitivas da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Consórcio Guaicurus terão como convidados integrantes da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito de Campo Grande). O diretor-presidente atual, Paulo da Silva, participa de oitiva em 14 de maio.
Nesta segunda-feira (5), o diretor-presidente da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), José Mario Nunes da Silva, participa na CPI. Ele deverá responder sobre a prestação do serviço de transporte coletivo urbano de passageiros pelo Consórcio Guaicurus.
Na quarta-feira (7), a CPI terá duas oitivas. O Auditor Chefe de Planejamento da Agetran, Giuseppe Bitencourt, participa às 13h.
Assim, o Auditor Chefe de Execução, Luiz Cláudio Pissurno Chaves, participa da oitiva às 15h.
Terceira semana
A terceira semana de oitivas terá o Fiscal de Transporte e Trânsito (servidor efetivo/aposentado) da Agetran, Luiz Carlos Alencar Filho, como entrevistado. A oitiva acontece às 13h, em 12 de maio.
Portanto, às 15h, o Auditor Chefe da Auditoria da Agetran, Henrique de Matos Moraes, participa da CPI.
Como citado no início da matéria, Paulo da Silva participa em 14 de maio, às 14h.
Ex-diretores
Por fim, a CPI pretende ouvir os ex-presidentes das Agências. Entre eles, o ex-presidente da Agetran, Janine de Lima Bruno.
Os ex-diretores da Agereg, Odilon de Oliveira Júnior e Vinícius Leite Campos, também podem ser escutados. Contudo, o presidente da Comissão, Lívio Leite (União), disse que não há confirmação das oitivas com os ex-diretores.
Então, esclareceu que as oitivas até 14 de maio são as confirmadas.
Primeira oitiva
A primeira oitiva, em 28 de abril, ouviu a engenheira e mestre em Mobilidade Urbana, Lúcia Maria Mendonça Santos. A especialista se revoltou com a falta de ar-condicionado nos ônibus do Consórcio Guaicurus em Campo Grande.
Assim, criticou o serviço prestado aos usuários na Capital em oitiva da CPI. Profissional de Santa Catarina, Maria prestou depoimento por videochamada na CPI do Consórcio. “Se aqui em Florianópolis, que é frio, nós temos ar-condicionado, imagina vocês que vivem no pico do calor”, criticou.
Ademais, uma das suposições da especialista vai de encontro com os relatos de usuários o transporte: excesso de calor. “Já pensou a gente sair de casa, tomar um banho e chegar no banho que já está todo suado”, descreveu.
Disse que a instalação dos equipamentos de conforto básico aos usuários não seriam “grande empecilho”. Considerando que o transporte público em Campo Grande é comandado por um grupo de empresas.
Na Casa de Leis, o projeto nº 11.636/2025 prevê “ar no busão”. A matéria é de autoria do vereador Landmark (PT).

Descaso
Logo, a especialista apontou na oitiva, o descaso evidenciado no transporte coletivo em Campo Grande. “Nós temos superlotação, temos atrasos em regularidade dos horários, temos má conservação dos veículos, tem falta de ônibus e descaso com as pessoas com deficiência”, listou algumas das características após análise do transporte da Capital.
Assim, Maria Lúcia reforçou que a legislação exige acessibilidade aos usuários. “Toda a frota tem que estar toda equipada com elevador. Isso é lei federal”, afirmou.
O Midiamax noticia série de reportagens sobre a realidade dos ônibus de transporte público em Campo Grande. Goteiras, superlotação, frota sucateada e falta de acessibilidade estão entre os principais desafios enfrentados pelos usuários do Consórcio Guaicurus.