Defesa do deputado Jamilson Name diz que sentença admite falta de provas

Em nota, defesa do deputado estadual Jamilson Name (PSDB), condenado a oito anos de prisão por lavagem de dinheiro e organização criminosa, diz que não foi comprovada a prática de jogo do bicho, pois houve prescrição desta contravenção penal.
Ainda conforme a nota, a sentença admite que não existem provas diretas contra Jamilson e reconhece que não foi esclarecido a forma como o dinheiro do jogo do bicho entrava na Pantanal Cap.
Segundo o advogado de defesa, Tiago Bunning, a sentença afirma que não foi apurado com segurança e precisão os valores que seriam lavados. Além disso, a decisão não é definitiva, não produz qualquer efeito neste momento, não afeta seu mandato parlamentar e será apresentado recurso ao TJMS e, se necessário, às instâncias superiores (STJ e STF).
A decisão, que cabe recurso, é do juiz da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, Roberto Ferreira Filho, desta quinta-feira (20). O deputado também teve R$ 18 milhões em bens apreendidos. Jamilson Name não conta com imunidade parlamentar pelo fato das acusações não terem ligações com o mandato.
Darlene Darlene Luiza Borges, apontada como gerente do jogo do bicho foi condenada a oito anos e Cícero Balbino, sentenciado em sete anos de prisão, também no regime semiaberto. Doze outros réus foram absolvidos.
As denúncias são da operação Arca de Noé, sexta fase da Operação Omertà, feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) que investigou a exploração do jogo do bicho em Campo Grande e cidades do interior em dezembro de 2020.