O vereador de Campo Grande, Landmark Rios (PT), criticou o emaranhado de fios que tem poluído visualmente a cidade e até provocado acidentes. O parlamentar tem utilizado a frase “chega de maçaroca”, palavra que é comumente utilizada para se referir a uma porção de fios.
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O Midiamax já noticiou diversos acidentes envolvendo fios arrastados por caminhões e até por ônibus. Além de suspender o fornecimento de energia ou de internet na região, essas colisões colocam em risco a vida dos motoristas, moradores e dos pedestres.
A reportagem “Esquecidos por empresas, fios pendurados geram acidentes e prejuízos em Campo Grande”, inclusive, foi utilizada pelo parlamentar para ilustrar os transtornos causados à população pela falta de fiscalização ou de manutenção desses cabos por parte das empresas ou dos órgãos públicos.
Retirada de fios inativos é obrigatória
A retirada de fios desativados por parte das empresas de telecomunicação após o cancelamento do serviço é obrigatória em Mato Grosso do Sul desde o ano passado, após a aprovação da Lei Nº 6310/2024.
Ao Midiamax, o petista explicou que a ação partiu de um incômodo ao caminhar pelas ruas da Capital e exemplificou que os municípios de Costa Rica e Chapadão do Sul já realizaram força-tarefa para fazer a retirada de fios soltos dos postes.
“Eu ando tanto na periferia, tanto na área central de Campo Grande. Isso, de um tempo para cá, já tem incomodado muita gente, causando acidentes, causando poluição visual na cidade, dá a impressão que a cidade não tem dono”, explicou.
Além disso, ele pontuou que as empresas estariam se eximindo da responsabilidade sobre os fios soltos ou inutilizados nos postes. Foram enviados ofícios solicitando informações sobre a manutenção e retirada dos cabos em desuso para a Prefeitura, Energisa, Anatel e empresas como Vivo, Claro, Oi, TIM e Correios. Contudo, não obteve resposta até o momento. “É no centro, é no bairro, todo lado você vê fio. Está uma maçaroca para todo lado”, afirma.
O que diz a Energisa?
A empresa concessionária Energisa enviou nota ao Midiamax em que explica sobre o compartilhamento dos postes. Confira a resposta:
“A Energisa cumpre o disposto na regulação conjunta da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), que determina a obrigatoriedade de toda distribuidora de energia de compartilhar a infraestrutura dos postes com as empresas de telecomunicações. À Energisa cabe a disponibilização dos postes e fiscalização. Por outro lado, as empresas de telefonia, internet e TV a cabo, que utilizam as estruturas, são responsáveis pela instalação correta e dentro dos padrões e pela manutenção de suas próprias redes (cabeamento).
Além da ocupação regular dos postes, pelas empresas que possuem o contrato de compartilhamento com a Energisa, há a ocupação clandestina, sem autorização e cumprimento dos padrões técnicos e de segurança. Esta é uma realidade que tem sido combatida fortemente pela concessionaria. A Energisa tem intensificado a remoção dessas irregularidades, identificadas por meio de fiscalização e/ou denúncias da própria população.
No que se refere às empresas regulares, a Energisa as notifica quando identifica situações fora do padrão (sob pena de remoção dos cabos inadequados, nos casos de risco à segurança) e mantém o diálogo constante, de modo a avançar no ordenamento da fiação em todo estado. O desafio, neste caso, está no compromisso dos provedores de telecomunicações de realizar a ampliação de cabeamento com autorização e conhecimento da concessionária, além de reforçar a manutenção de suas redes”, finaliza a nota.
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