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Política

Bloqueados, perfis sobre transporte coletivo rebatem acusações feitas por Papy

Presidente da Casa de Leis diz que preza por respeito e que todos são bem-vindos ao bom debate
Marcus Moura -
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Vereador é presidente da Câmara e não assinou requerimento para CPI que pode investigar Consórcio Guaicurus. (Foto: Reprodução/Câmara)

Os administradores dos perfis Ligados no Transporte e Coletivo Linha Popular rebateram as acusações feitas pelo presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Papy (PSDB), de que teriam faltado com respeito ao criticar o parlamentar nas redes sociais.

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No sábado (21), o Midiamax mostrou que, para fugir das críticas, Papy bloqueou os perfis sobre transporte coletivo da Capital, situação que gerou uma enxurrada de críticas ao vereador.

Nesta segunda-feira (24), a reportagem procurou os administradores das páginas para saber se, após a repercussão, o bloqueio havia sido desfeito, mas os administradores informaram que continuam sem poder mencionar o perfil do presidente da Casa de Leis.

Um dos administradores do perfil Ligados no Transporte, que não se identificou por receio de represálias, afirmou que a ação do vereador impede o debate de ideias de forma democrática e que o ato representa censura.

“Se o vereador não aceita a cobrança da população que o elegeu, que deixe o cargo que está ocupando. O bloqueio de perfis nas redes sociais mostra que o vereador não está disposto a discutir os problemas da Capital, mesmo com posicionamentos políticos diferentes. É um ato de censura, e vereador que não escuta a população não merece ocupar o cargo que tem”, disse.

Já o coletivo que administra a página Coletivo Linha Popular disse que nunca houve sequer um contato do vereador reclamando das postagens. O bloqueio foi unilateral e sem diálogo. “Não recebemos mensagens dele, nem previamente, fomos simplesmente bloqueados, e até o momento não houve contato algum.”

Sobre a justificativa apresentada pelo parlamentar de que “talvez os conteúdos ofensivos e desrespeitosos tenham sido moderados pela equipe” e que “ataques pessoais, ameaças e exposição de conversas privadas são e sempre serão contidas e moderadas”, o coletivo afirma que as páginas atuam há anos para denunciar os problemas do transporte público, mas que nunca utilizaram discurso de ódio ou desrespeito.

“Não utilizamos discurso de ódio, mas temos uma posição clara de defesa dos interesses da população. Não buscamos ofender pessoalmente o vereador, mas temos a convicção de que, ao se recusar a assinar a CPI e ainda querer aumentar os subsídios ao Consórcio Guaicurus, ele está propondo transferir mais recursos da população para enriquecer uma empresa que não cuida adequadamente dos campo-grandenses. E, obviamente, isso o caracteriza como um agente contra os interesses da população.”

Prints estão no epicentro da polêmica com vereador. (Reprodução/Instagram)

O que diz Papy?

Questionado novamente sobre o assunto e se haveria o desbloqueio das páginas que fiscalizam o transporte, o vereador disse que alguns perfis foram moderados “por excessos”.

“Acho que alguns perfis foram moderados por excessos, discurso de ódio, incitação à violência, ameaça, calúnia e difamação. Nossa equipe sempre modera isso, é normal! O ambiente democrático permite a divergência, porém com o respeito acima de tudo! Todos são bem-vindos ao bom diálogo!”, afirmou.

Mesmo não estando entre os vereadores que assinaram o requerimento que pede a abertura de uma CPI para investigar o transporte público de Campo Grande, Papy afirma que é favorável à investigação e prometeu que os próximos passos vão provar isso.

“Demos uma resposta satisfatória sobre esse assunto ao receber o requerimento, e os próximos passos serão melhores ainda. A fiscalização e investigação serão intensas, porém dentro dos limites do nosso regulamento interno e da lei orgânica do município”, finaliza.

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