O presidente da Câmara de Sidrolândia, distante 70 quilômetros de Campo Grande, Otacir Figueiredo, o Gringo (PP), ameaçou suspender a sessão nesta terça-feira (23) caso os vereadores fossem interrompidos pelos manifestantes que lotam, mais uma vez, a Casa para pressionar os parlamentares a abrirem uma investigação contra a prefeita Vanda Camilo (PP).

O vereador Carlos Henrique Olinda bateu boca com um dos manifestantes no plenário. “A Casa tem um regimento que deve ser respeitado. As normas dizem que esse requerimento não está correto”. Ao dizer isso, foi vaiado pelos manifestantes.

“Só vocês podem falar e eu não? Afastar prefeito não é assim. Só réu e se estiver julgado. Não sou juiz pra fazer isso. Posso debater corrupção a qualquer hora que vocês quiserem, mas acho que a Vanda tem o direito de responder o processo todo de maneira legal”, afirmou, e foi vaiado novamente.

Claézio Lechner (PSD) disparou para o público ao discutir: “O senhor não é ninguém pra falar de mim”.

Investigação

Vanda tem a maioria dos parlamentares de como base de apoio da sua administração, apesar do escândalo de corrupção na cidade. No início do mês, a terceira fase da Operação Tromper, deflagrada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) prendeu o genro dela, vereador de Claudinho Serra ().

Na última semana, o vereador Júnior (PSDB) fez a leitura do requerimento que protocolou na Câmara de Sidrolândia para pedido de abertura de contra a prefeita Vanda Camilo (PP). Presentes na sessão, moradores da cidade pediram regime de urgência na tramitação.

“Sei que todos que estão aqui pedem uma Sidrolândia mais limpa e transparente. Peço que todos os vereadores se atentem a nossa responsabilidade de fiscalização, e em atenção a todos os moradores de Sidrolândia”, disse na ocasião. O pedido será apreciado nesta terça-feira.