Com pouco mais de uma semana da abertura do prazo da janela partidária, todos os vereadores de Campo Grande parecem estar definidos sobre as mudanças de partidos que pretendem realizar para disputar as eleições de 2024.

A cada ano eleitoral ocorre a chamada “janela partidária”, um prazo de 30 dias para que parlamentares possam mudar de partido sem perder o mandato. Esse período acontece seis meses antes do pleito, ou seja, entre março e abril de 2024.

O prazo para a mudança de sigla começou no dia 7 de março e continua até 5 de abril. Como em 2024 somente os mandatos de vereador são os que estão prestes a terminar, a norma vale apenas para quem ocupa essa função atualmente.

Até lá, os parlamentares negociam com os partidos essas mudanças, em busca de maior vantagem no pleito, viabilidade eleitoral e apoio financeiro. Apesar do prazo ainda não ter encerrado, os vereadores de Campo Grande já definiram se permanecem ou mudam de sigla na disputa por uma cadeira da Câmara da Capital.

Logo na abertura da janela, as mudanças já começaram na Casa de Leis, deixando, principalmente, uma concorrência acirrada entre PSDB e PP. De um lado, o partido tucano conta com sete cadeiras e do outro o PP tem cinco.

Professor Juari e Claudinho Serra já eram do PSDB e não pretendem mudar de sigla para disputar as eleições de 2024. O vereador Papy, que era presidente estadual do Solidariedade, deixou a sigla e se filiou ao PSDB. Zé da Farmácia também migrou do Podemos para o partido tucano.

William Maksoud, que era ‘ex-PTB’ se filiou ao PSDB na última semana. Silvio Pitu, que integrava o PSD, também deve ir para sigla tucana. Victor Rocha saiu do partido da prefeita Adriane Lopes, o PP e disputa as eleições pelo PSDB.

Na manhã da segunda-feira passada (11), com a presença da presidente nacional do Progressistas, Tereza Cristina, aconteceu um ato de filiação e quatro vereadores da Câmara de Campo Grande foram filiados à sigla.

Só do PSD, o PP levou quatro vereadores que são: Professor Riverton, Beto Avelar, Delei Pinheiro e Valdir Gomes. Das oito cadeiras ocupadas na Casa de Leis, apenas Otávio Trad e agora, Gilmar da Cruz, que deixou o Republicanos, devem concorrer às eleições municipais de 2024 pela sigla.

Com isso, o PSD, que tinha oito cadeiras, ficou com apenas duas. Antes, o partido tinha o maior número de assentos na Câmara.

Até o momento, o PP conta com cinco cadeiras na Câmara, já que João Rocha deixou o cargo de secretário de governo da prefeitura e retornou para a Casa de Leis para disputar as eleições municipais.

Os vereadores do PT, Ayrton Araújo e Luiza Ribeiro pretendem continuar na mesma sigla. O mesmo acontece com o Podemos, que conta com dois parlamentares, o Clodoilson Pires e Ronilço Guerreiro.

O PSB vai aumentar o número de vereadores na Câmara de Campo Grande. A sigla só tinha uma cadeira na Casa, ocupada pelo presidente Carlos Augusto Borges, o Carlão. Agora o partido recebe reforço do vereador Marcos Tabosa, que deixa o PDT.

O União Brasil tem apenas uma cadeira na Câmara. O vereador Alírio Villasanti disse que, a princípio, não pretende deixar a sigla.

Os parlamentares do MDB, Dr. Loester e Jamal Salém, não cogitam deixar a sigla e ainda dizem que o partido deve receber reforço de Junior Coringa, que deixou o PSD e pode se tornar o mais novo emedebista da Casa.

O vereador professor André Luís teve sua pré-candidatura à prefeitura da Capital lançada pelo Rede Sustentabilidade, mas adiantou que vai mudar de sigla. O parlamentar segue na disputa pela cadeira do Executivo, mas pelo PRD.

Betinho do Republicanos não pretende deixar a sigla, apesar do partido perder uma cadeira com a filiação de Gilmar da Cruz ao PSD.

Em outubro de 2022, o Patriota e o PTB anunciaram que fariam uma fusão, resultando na criação do PRD. De um lado, deputado estadual Lídio Lopes era o ‘chefe’ do Patriota no Estado e do outro, o presidente estadual do PTB Delcídio do Amaral.

Delcídio assumiu a presidência da nova sigla, fazendo com que os ‘ex-patriotas’ buscassem novas possibilidades. O partido ocupa duas cadeiras na Câmara, sendo uma do Edu Miranda e a outra de Sandro Benites. Ambos devem se filiar ao Avante.