No fim do prazo para decidir se segue como vereador, Claudinho Serra não aparece na Câmara

Claudinho é réu por corrupção, suspeito de chefiar esquema de fraudes em Sidrolândia

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Claudinho Serra (Divulgação Câmara Municipal de CG)

Réu por corrupção acusado de chefiar esquema de fraudes na prefeitura de Sidrolândia, o vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), não apareceu em sessão plenária na Câmara Municipal em data limite para definir se continua como parlamentar. O prazo se encerra nesta quinta-feira (12).

O presidente da Casa, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), disse que aguarda até as 18h para definir a situação. “Se não me chegar documento nenhum hoje, hoje ainda, aqui o protocolo é que é até 18 horas. Aí se ele não protocolar nada hoje ele já tá levando falta e aí nós temos que tomar as providências”.

Carlão explicou que o limite de faltas de cada parlamentar, conforme o regimento da Casa, são 10 faltas, mas explicou que há fator agravante. “Mas o problema nosso aqui ele já vem com essa licença anterior, né? Então, a gente vai tomar as providências no sentido de venceu a licença. A Câmara tem que ser pelo menos comunicada. Ele não pode não fazer o ofício, ele não pode tratar a câmara como assim, eu posso faltar 10 sessões. Pelo contrário, ele tem que falar o motivo que ele não vai vir trabalhar”, disse.

Caso não haja definição por parte de Claudinho, o presidente da Casa afirmou que regimento permite tomar providências. “Vou sentar com o procurador e ver se nós vamos [tomar providência], é só falta, se ele pode ter alguma sanção mais forte. Se for só falta, vai ser só falta, eu vou cumprir o regimento”, afirmou.

Réu por corrupção

Claudinho Serra foi preso na terceira fase da Operação Tromper, em 3 de abril deste ano, acusado de compor grupo que desviava recursos da Prefeitura de Sidrolândia na época em que foi secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica. A prefeita do município a 70 km de Campo Grande, Vanda Camilo (PP), é sogra de Claudinho Serra e busca a reeleição em 2024.

O parlamentar da Capital ficou preso por 23 dias e foi solto mediante uso de tornozeleira eletrônica, toque de recolher e de outras medidas cautelares. Em liberdade, Claudinho Serra apresentou um atestado médico de 30 dias devido ao “abalo psicológico”. 

Ele emendou o afastamento com um pedido de licença de 120 dias para tratar de assuntos particulares, que se encerra nesta quinta-feira (12). Assim, o vereador precisa decidir se volta às atividades parlamentares ou se renuncia ao cargo. 

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