O Hospital Municipal de Campo Grande pode ser entregue em 2025. Isso é o que estima o secretário de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, com a abertura da licitação para construção do hospital. O lançamento do processo licitatório acontece na próxima segunda-feira (1).

“Se não tiver problema no processo licitatório, acredito que [o hospital] pode ser lançado ano que vem, tem grande chance”, disse ao Jornal Midiamax. A cerimônia no Parque Ayrton Senna lançará o edital da licitação.

Sem adiantar a previsão de gastos, o secretário afirmou que “os valores estão fechados”. O município pretende contratar empresa responsável pela construção e mobília da instituição de saúde.

“É uma modelagem para o vendedor em que vai ter o compromisso de entregar o hospital pronto, engenharia, mobília, tudo que é técnico”, explicou sobre a licitação. Miglioli afirmou que o processo licitatório terá “bastante robustez”.

“A gente espera que não tenha problemas, o mais robusto possível o projeto, agora vamos ver como vai ser o processo licitatório, se alguém questionar o edital, o que foge um pouco do nosso controle”, se adiantou sobre futuras implicações.

Apesar de afirmar que o ‘anteprojeto está bem fundamentado’, o secretário pontuou que “falar em prazo é difícil”. O projeto terá contribuição da Sisep (Secretaria Municipal De Infraestrutura E Serviços Públicos), Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e Secomp (Secretaria-Executiva de Compras Governamentais).

Terreno do hospital

O vereador e ex-secretário de saúde, Sandro Benites (PP), afirmou que o terreno para a construção do espaço será no bairro Chácara Cachoeira.

“Entre o Proncor e aquele hospital particular de cirurgia plástica, o HPlas”, confirmou ao Jornal Midiamax. Sandro disse que a definição aconteceu no início de 2024, quando ainda estava no secretariado da prefeita Adriane Lopes.

Projeto

A licitação será aberta nove meses após divulgação da intenção de construir um Complexo Hospitalar e Diagnóstico Municipal. O objetivo principal é “desafogar” a superlotação das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).

O anúncio do projeto aconteceu em 14 de setembro de 2023. Segundo a divulgação inicial, o espaço terá a capacidade para 250 leitos de internação. No entanto, podem chegar a 500 leitos.

Além disso, haverá 10 salas de cirurgia, centro de diagnóstico por imagem e suporte de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

O investimento previsto para a construção do espaço é de R$ 200 milhões por meio de PPP (Parceria Público-Privada). Portanto, o local deve ter capacidade de atender 1,5 mil pessoas. Todos os atendimentos das UPAs e CRSs serão regulados para o complexo hospitalar. 

Assim, um dos objetivos é expandir a oferta de serviços e resolver parte da demanda reprimida de exames de diagnóstico e cirurgia. O Complexo Hospitalar e Diagnóstico Municipal deve ter 15 mil metros quadrados, com 10 mil metros de área construída. Além disso, o hospital deve ter um heliponto para receber vítimas que precisem de atendimento imediato.

O local deve oferecer os seguintes atendimentos especializados e de diagnóstico:

  • Cirurgia geral;
  • Hérnia;
  • Vesícula;
  • Oftalmologia;
  • Ortopedia;
  • Pediatria;
  • Exames de ressonância, tomografia, ultrassom, colonoscopia, endoscopias, entre outros.

O projeto prevê a transferência do CEM (Centro de Especialidades Médicas), atualmente na Travessa Guia Lopes, no bairro São Francisco, para esse novo espaço. Assim, haverá ampliação do número de salas para atendimentos, de 25 para 50. 

Por fim, também há previsão de transferência do Labcen (Laboratório Central Municipal de Campo Grande). O Laboratório poderá integrar o Complexo Hospitalar e Diagnóstico Municipal.