Camila Jara diz que fala de Lula ‘jogou luz ao que os dados já mostravam’ sobre Israel

Deputada avaliou o presidente como ‘corajoso’

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Deputada Camila Jara (Foto: Arquivo Midiamax)

A deputada federal Camila Jara (PT) comentou sobre a fala polêmica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Lula foi corajoso ao jogar luz ao que os dados já mostravam”, disse a parlamentar por Mato Grosso do Sul.

O presidente fez comparações das ações no conflito com as tomadas de Hitler no holocausto.

Segundo a deputada, “condenar os ataques do Hamas e, ao mesmo tempo, condenar a matança indiscriminada de palestinos em Gaza é uma questão de humanidade”. Nas redes sociais, ela apontou o número de mortes na região.

“A cada dez mortes em Gaza, sete são de mulheres ou crianças. Israel não pode punir civis em seu rompante de defesa. O número de crianças palestinas mortas chega a 10 mil. É inaceitável”, pontuou.

Opositores colhem assinaturas para protocolar pedido de impeachment contra Lula. Rodolfo Nogueira (PL) e Marcos Pollon (PL) afirmaram que vão assinar pedido na Câmara dos Deputados em Brasília.

Israel declara Lula como ‘persona non grata’

Em Adis Abeba, na Etiópia, Lula disse que não há outro paralelo ao que está ocorrendo em Gaza a não ser o que foi feito durante a Alemanha Nazista, durante a Segunda Guerra Mundial. “O que está acontecendo em Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula.

Após as falas, o governo de Israel declarou nesta segunda-feira (19) que Lula é uma “persona non grata”. “Não perdoaremos e não esqueceremos — em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, informei ao Presidente Lula que ele é uma ‘persona non grata’ em Israel até que ele peça desculpas e se se retrate”, escreveu o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, nas redes sociais.

Conforme o G1, mais de 24 mil pessoas já morreram no conflito, que começou no início de outubro de 2023.

O termo “persona non grata” (alguém que não é bem-vindo, em tradução livre) é um instrumento jurídico utilizado nas relações internacionais para indicar que um representante oficial estrangeiro não é mais bem-vindo. O termo foi descrito no artigo 9 da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas.

Katz afirmou também que “a comparação do presidente brasileiro Lula entre a guerra justa de Israel contra o Hamas e as ações de Hitler e dos nazistas, que exterminaram 6 milhões de judeus, é um grave ataque antissemita que profana a memória daqueles que morreram no Holocausto”.

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