‘Atentos para que não haja abusos antidemocráticos’, diz Camila Jara após eleição de Trump

Da bancada federal de Mato Grosso do Sul, a deputada federal Camila Jara (PT), disse que é necessário manter atenção para que não haja abusos antidemocráticos com a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais nos Estados Unidos da América. Assim como outros colegas de bancada, Jara comentou que Trump deverá fazer governo protecionista, o que pode impactar economia de MS.

“O Brasil não é os Estados Unidos. Durante anos, tivemos presidentes republicanos e progressistas, e as relações serão as mais diplomáticas possíveis. A economia estadunidense é importante para a brasileira, em especial para o mercado de commodities e proteínas de MS. No entanto, precisamos estar preparados para lidar com o protecionismo e as barreiras tarifárias defendidas por Trump ao longo da campanha, pois estas devem afetar o mercado chinês e europeu, dois importantes destinos de exportação de celulose, grãos e carnes”, disse.

A parlamentar pontua a necessidade do Brasil estreitar mais relações com a Europa e Mercosul, além da China. “O presidente Lula avançou muito para ampliar as relações comerciais, em especial com a China, que é hoje o principal destino dos produtos sul-mato-grossenses. Precisamos intensificar os laços com a UE, o Mercosul e o mercado chinês. Eles são nossa rota de saída”, afirmou.

Conforme divulgado pelo g1, a vitória de Trump foi anunciada por volta das 7h30 (Brasília) desta quarta-feira após o republicano vencer no estado de Wisconsin. A vitória repercutiu no mundo e autoridades e lideranças já o parabenizaram.

Além de Wisconsin, Trump também venceu em outros estados decisivos, como Pensilvânia, Carolina do Norte e na Geórgia, e está à frente em Michigan, Nevada e Arizona.

Durante a madrugada, antes mesmo de Kamala reconhecer a derrota, Trump fez um discurso da vitória na Flórida. Ele falou sobre imigração ilegal, disse que o seu slogan será “promessas feitas serão cumpridas” e pregou a união entre todos os americanos.

A projeção do resultado feita por estatísticos a serviço de institutos e meios de comunicação não é oficial, mas é historicamente aceita pela sociedade americana em eleições presidenciais. Macron, Netanyahu, Milei e Giorgia Meloni cumprimentaram o norte-americano.