Achado não é roubado? História de perdas tem reviravolta e desfecho surpreende em Campo Grande

Você faria o mesmo? Mãe e criança ficaram para fora de casa durante toda a noite após perderem chaves e celular, até que um gesto mudou tudo

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achado não é roubado
Objetos foram perdidos em rua do bairro Nova Campo Grande – (Foto: Arquivo Pessoal)

“Achado não é roubado e quem perdeu foi relaxado”? A língua portuguesa até conta com esse lema “malandro”, mas, na prática, nem todo mundo leva a frase ao pé da letra. Em Campo Grande (MS), uma moradora consciente chamou a atenção justamente por refutar a expressão popular. Com um gesto nobre, ela conseguiu salvar o dia de outra campo-grandense, já aflita por suas perdas.

O caso aconteceu nesta terça-feira (5), quando celular e um molho de chaves extraviados na rua deixaram uma moradora do bairro Nova Campo Grande para fora de casa e sem comunicação. Em desespero por não conseguir entrar na própria residência e sem o celular para pedir ajuda a alguém após perdê-los por aí, a campo-grandense foi surpreendida com uma rara atitude de honestidade.

A responsável pelo desfecho feliz é Deyse Cardoso, monitora escolar na Capital. Ela mora no Jardim Carioca e, nesta terça-feira (5), ao passar pelo Nova Campo Grande, se deparou com o molho de chaves e o celular jogados na sarjeta.

O fato aconteceu na Avenida Sete, uma principais ruas do bairro, por volta das 18 horas. Assim que encontrou, a monitora recolheu os objetos perdidos e levou para casa. Sem pensar duas vezes, Deyse se colocou no lugar do outro e, por isso, decidiu postar o achado em um grupo do bairro para tentar localizar o dono.

Ao divulgar que encontrou os itens, logo tratou de avisar aos demais moradores: “só devolvo mediante a comprovação do dono ao digitar a senha”.

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Post feito no grupo – (Foto: Reprodução das redes sociais)

“É tão bom quando você se sente em paz por ter feito algo bom”

A publicação não demorou a se espalhar e, cinco horas depois, por volta das 23h, chegou até a moça que havia extraviado os objetos. Na sequência, o contato entre as duas foi estabelecido e Deyse então levou os pertences para a dona deles no bairro vizinho.

Ela ficou tão feliz. Estava desesperada porque perdeu a chave da casa junto, então não conseguia entrar na casa e não tinha como ligar para ninguém porque estava sem celular. Estava até na casa de uma vizinha por isso. E quem mais ficou contente não foi nem a mãe, mas sim a criança. O sorriso da filha dela me deixou ainda mais feliz”, conta a monitora ao Jornal Midiamax.

Deyse relata que se agiu como gostaria que alguém tivesse agido caso estivesse na mesma situação. “Porque hoje em dia a maioria das coisas fica no nosso celular, aplicativo de banco e tal”, completa.

Já sobre a reação da dona dos objetos, a monitora diz que “ela ficou muito agradecida, porque é raro acontecer isso. A maioria das pessoas que encontram um celular na rua, a primeira coisa que pensam é em tirar o chip e já começar a usar, né?”.

Por fim, ela se diz realizada por ter ajudado outras pessoas com um simples gesto de honestidade. É tão bom quando você se sente em paz por ter feito algo bom. E assim Deus nos abençoa mais e mais”, finaliza, dando uma lição de generosidade.

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