Pular para o conteúdo
Política

Tem função de fiscalizar e não faz, diz Luiza Ribeiro sobre Câmara após requerimento ser barrado

A parlamentar disse, ainda, que os vereadores que querem cumprir a função de fiscalizar precisam recorrer ao Poder Judiciário
Evelin Cáceres, Anna Gomes -
Vereadora Luiza Ribeiro protocolou pedido na Sectur. Imagem Ilustrativa (Divulgação, CMCG)

Vereadora de , (PT) criticou que a Câmara Municipal tenha barrado nesta quinta-feira (11) pedido de requerimento contra a Prefeitura para que sejam enviados dados da chamada ‘folha secreta’ na administração municipal.

“A Prefeitura avisou ao TCE-MS [Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul] que não enviaria a resposta, mas ignorou o ofício da Câmara. E os vereadores, que têm função de fiscalizar, não fazem ao não aprovarem esse requerimento”, lamentou.

A parlamentar disse, ainda, que os vereadores que querem cumprir a função de fiscalizar precisam recorrer ao Poder Judiciário. “Porque aqui na Casa o pedido é barrado”, finalizou.

O pedido foi barrado nesta quinta por 17 votos contrários e 4 favoráveis. Os vereadores Professor André Luis (Rede), Marcos Tabosa (PSD) e (PT) completam a lista de vereadores que votaram contra.

André Luiz e Tabosa impetraram uma ação para obrigar a Prefeitura de Campo Grande a divulgar os dados. Luiza integrará o pedido. “Agora, isso é caso de Justiça”, disse André Luis.

Folha secreta

Uma inspeção do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul) demonstrou divergências nos gastos com pessoal da prefeitura de Campo Grande nos últimos anos da gestão de Marquinhos Trad (PSD). Ficou constatada uma divergência de R$ 386,1 milhões entre as folhas apresentadas e o executado no orçamento, ou seja, não declarados no Portal da Transparência.

Nos documentos, aos quais o Jornal Midiamax teve acesso, os técnicos da corte apontaram ainda que o ex-prefeito teria deixado despesas com pessoas de R$ 115,5 milhões acima do limite previsto na Lei Federal 4.320/1964, que proíbe efetuar gastos sem empenhar recursos.

Tudo isso colocou a prefeitura acima do limite permitido de gastos com salários previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. Em 2021, Campo Grande estava com 59,16% da receita comprometida com a folha de pagamento. No ano seguinte, já sob a administração de Adriane, o índice chegou a 57,02%.

Apesar disso, o município continua acima do limite máximo, de 54%. Caso o Executivo não ajuste a folha até 2032, corre risco de não receber mais repasses estaduais e federais, garantias e empréstimos enquanto não cortar gastos com pessoal.

Entre as várias recomendações que os técnicos fazem ao conselheiro Osmar Jeronymo, relator da inspeção, está a revisão da legislação sobre o funcionalismo público, ajustes no Portal da Transparência e substituição de comissionados por efetivos com o devido corte de gratificações que ultrapasse o vencimento de quem é concursado. O órgão havia dado 20 dias para a Prefeitura se manifestar, prazo que acabou nesta terça-feira (9).

Inspeção do TCE aponta ‘inconsistência ou omissões’ no Portal da Transparência

O relatório da inspeção destacou um ponto bastante usado tanto por vereadores que criticam a chamada “folha secreta” como pelo ex-prefeito. disse anteriormente ao Jornal Midiamax que tudo constava no Portal da Transparência, enquanto os parlamentares alegam que nem tudo aparece.

Os técnicos do TCE-MS compararam holerites de servidores com o que está no portal e notaram que alguns benefícios não foram divulgados para o público. Assim, o relatório trouxe quatro “inconsistências ou omissões”:

  1. A composição do total de Remuneração do servidor apresentada no Portal não está detalhada.
  2. Os encargos especiais e jetons recebidos pelos servidores (conforme folha de pagamento) não estão incluídos no total da remuneração disponível para controle do cidadão no Portal. 
  3. As verbas de representação e gratificação de dedicação exclusiva em alguns casos estão detalhadas em outros não. 
  4. O Portal deve permitir a emissão de relatórios e gerar no padrão dados abertos (Ex. XML), entretanto, embora o site traga a lista em tela, ela não gera todas as informações que estão apresentadas na tela, e os detalhamentos. 

“Não basta simplesmente exteriorizar as informações no Portal da Transparência, se essas não condizem com a realidade ou não estão devidamente completas, posto que dados parcialmente públicos não servem para o cumprimento das legislações que regulamentam a matéria”, concluem os servidores da corte.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Usina de açúcar e álcool oferta vagas de emprego em Aparecida do Taboado

LISTA: Governo federal doa tratores para 12 cidades de Mato Grosso do Sul

Anvisa determina recolhimento de medidor de glicose e interdição de tiras para teste

Mulher que postou vídeo de CEO no show do Coldplay se manifesta após polêmica

Notícias mais lidas agora

JBS poderá pagar multa sobre valor milionário se recusar conciliação com moradores

nelsinho governo lula

VÍDEO: ‘Lei de Reciprocidade só em último caso’, diz representante do Senado em negociação com Trump

bolsonaro

‘Não tenho menor dúvida que seja perseguição’: o que disse Bolsonaro após colocar tornozeleira

Oposição classifica de arbitrárias medidas cautelares contra Bolsonaro

Últimas Notícias

Mundo

Trump volta a ameaçar Brics com tarifa de 10% e diz que não permitirá perda de valor do dólar

Trump ainda ameaçou o grupo afirmando que se a união dos países crescerem mais, deve acabar de maneira rápida

Trânsito

Caminhão caiu em ribanceira após pegar fogo na BR-163 em Campo Grande

Veículo transportava cortes de carne e ficou destruído após o incêndio entre Jaraguari e Campo Grande

Mundo

Israel: sirenes são acionadas em várias regiões do país após míssil lançado do Iêmen

Nas redes sociais, autoridades alertam quem o sistema de defesa de Israel interceptou um míssil

Política

‘Tempos sombrios’: Coronel David critica operação da Polícia Federal contra Bolsonaro

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) precisará usar tornozeleira eletrônica e cumprir outras medidas cautelares, como toque de recolher