Prefeitura pede para novo Proinc ser pautado com urgência, mas Carlão não coloca em votação

Pedido de Adriane Lopes não será atendido nesta quinta e projeto deve ser analisado somente na próxima terça-feira
| 01/06/2023
- 10:59
vereadores câmara
(Divulgação, CMCG).

Líder da prefeita Adriane Lopes, Beto Avelar (PSD) apresentou pedido de urgência da prefeitura em pautar o Projeto de Lei nº 11.007, do novo Proinc, o Primt (Programa de Inclusão ao Mercado de Trabalho) nesta quinta-feira (1º) na de Campo Grande. No entanto, o pedido foi negado pelo presidente da Casa, vereador Carlão (PSB).

Segundo o vereador, os parlamentares querem fazer emendas ao projeto. Portanto, a proposta só deve ser pautada na próxima terça-feira (6). "Prefeita me falou que lançou um edital para que o pessoal que faz trabalho de roça, e não querem. Quem quer é quem já estava no programa e quem já estava, não pode entrar. Não vamos votar hoje, talvez na terça com uma emenda, se for pra esse tipo de serviço. Aí a gente vota", explicou.

Para Carlão, o novo Proinc só valerá se for para que as pessoas se capacitem e trabalhem. "Não votaremos para pessoas ficarem nos escritórios. Para capitação e roçada acredito que a gente consiga fazer uma emenda para votar, mas não para outras funções", esclareceu.

 

O projeto foi elaborado pelo vereador Beto Avelar, com equipes da prefeitura e a diretoria da Funsat (Fundação Social do Trabalho). Conforme o vereador, a principal mudança no projeto é a permissão para que o ex-beneficiário possa retornar ao programa uma vez após seis meses de finalização do contrato ou sem carteira assinada.

“É uma questão urgente, pois lida com a renda e a sobrevivência de muitas famílias de Campo Grande que ainda não conseguiram emprego. A prefeita Adriane Lopes se sensibilizou com a situação de ex-beneficiários do Proinc e encaminhou para a Câmara Municipal um novo Projeto de Lei permitindo o retorno dos trabalhadores que já foram assistidos e que ficarem seis meses sem trabalho registrado. Esse retorno será permitido apenas uma vez, mas isso é importante para garantir melhor renda para os trabalhadores e qualificação profissional, além de garantir o sustento das famílias em situação de vulnerabilidade”, afirma o vereador Beto Avelar.

A proposta também prevê vagas destinadas para determinados grupos. É o caso de mulheres vítimas de violência doméstica, que terão 5% das vagas garantidas. A Casa da Mulher Brasileira deverá encaminhar as mulheres interessadas no programa.

 

Transparência

Em 2022, o Executivo aumentou de 13% para 15% o teto das vagas, relacionado ao quadro de servidores concursados ativos. Assim, com mais de 17 mil funcionários concursados, o programa terá até 2.610 beneficiários.

Além disso, as alterações criam de transparência de inscritos. Investigações apontam falta de transparência no programa, que supostamente foi utilizado como cabide de empregos.

Outros 3% das vagas serão destinados para pessoas com deficiência; 3% são para a cota de pessoas com transtorno do espectro autista. Por fim, os egressos do sistema penitenciário terão 3% de vagas reservadas no programa.

 

Assim, os beneficiários deverão apresentar semestralmente certificados de participação de com no mínimo 40 horas/aula. A matéria aguarda votação na Câmara de Campo Grande.

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