‘Não é o momento mais oportuno’, diz Adriane diz sobre projeto que aumenta salário de prefeito
Projeto foi protocolado na Câmara no mesmo dia em que trabalhadores da enfermagem realizam greve na Capital
Dândara Genelhú –
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A prefeita Adriane Lopes (Patriota) afirmou que “não é o momento mais oportuno” para o projeto que prevê aumento do subsídio do prefeito, vice-prefeito e secretários de Campo Grande. Protocolada nesta segunda-feira (27), a proposta está na Câmara Municipal.
“A gestão passada se comprometeu a aumentar o teto do salário do chefe do executivo. A Câmara fez a proposição, colocou e retirou a pauta algumas vezes”, lembrou a prefeita. Assim, afirmou que existem servidores sem aumento há mais de 10 anos.
“Entendemos o anseio das categorias que têm seus salários balizados pelo teto do salário do Prefeito. Esses servidores estão sem aumento há mais de 10 anos, e respeitamos as necessidades de cada um”, pontuou.
Contudo, Adriane acredita que “esse não seja o momento mais oportuno para a Câmara voltar com a pauta” do projeto de reajuste do salário da prefeita e primeiro escalão.
Projeto de reajuste
O salário da prefeita de Campo Grande pode subir para R$ 41.845,48 se o projeto de lei nº 10.879/23 for aprovado. A proposta de aumento do subsídio da gestora da cidade foi protocolado nesta segunda-feira (27), mesmo dia em que a greve da enfermagem foi instaurada na Capital.
O efeito cascata de reajuste dos tetos salariais em Campo Grande leva a proposta de aumento do subsídio da prefeita. Conforme o Portal da Transparência, a remuneração do prefeito da Capital é de R$ 21.263,62, atualmente.
Assim, o reajuste seria de 96%. Ou seja, o subsídio de quem for prefeito custaria R$ 20,5 mil a mais. Além disso, a matéria protocolada na Câmara Municipal prevê o aumento da remuneração do vice-prefeito para R$ 37.658,6. Isso porque em 2024 tem novas eleições municipais.
Se aprovado, os integrantes do primeiro escalão também receberão aumento. Secretários municipais terão subsídio de R$ 35.567,50 e dirigentes de autarquias terão R$ 30.142,70.
Greve e gastos
No mesmo dia em que o projeto foi protocolado, a administração de Adriane Lopes passa pela segunda greve em menos de um ano de gestão. Assim, vereadores avaliam o desgaste político do atrito com servidores e criticam dificuldade de diálogo com o Executivo.
Os profissionais da Saúde se organizam em greve para exigir do município a negociação do enquadramento no Plano de Cargos e Carreira da categoria e implementação do piso nacional.
Além disso, desde 2001, os profissionais da enfermagem tentam reaver o pagamento do adicional de insalubridade.
A Câmara de Campo Grande também destaca ‘preocupação’ com gastos extrapolados da Prefeitura de Campo Grande. A administração municipal pode enfrentar dificuldades na negociação de reajustes salariais aos servidores, considerando que compromete 57,02% da receita corrente líquida com pessoal, extrapolando o limite máximo de gastos, que é de 51%.
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