‘Incômodo interno’: Zeca retira pré-candidatura em Campo Grande após pressão por homenagem a Temer
‘Irredutível’: Zeca disse que a atitude foi motivada por um ‘incômodo interno’ do partido
Mariane Chianezi, Evelin Cáceres –
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O ex-governador e deputado estadual Zeca do PT anunciou na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) nesta quinta-feira (10) que retirou a pré-candidatura à prefeitura de Campo Grande em 2024. O parlamentar disse estar ‘irredutível’.
O anúncio acontece após pressão da diretoria do PT no Estado pelo deputado ter proposto homenagem ao ex-presidente Michel Temer, que visita Mato Grosso do Sul no dia 21 de setembro. Temer é apontado pelos petistas como articulador do golpe que levou a ex-presidente Dilma Rousseff a sofrer um impeachment.
Ao Jornal Midiamax, Zeca justificou a retirada como um ato de ‘incômodo interno’. “Não vou sair do PT e também não sei que encaminhamento do PT vai ter nesta questão. Tem que ver com o presidente”, opinou.
Zeca tem sido alvo da militância petista desde as eleições, quando resolveu apoiar abertamente o candidato e atual governador Eduardo Riedel (PSDB), contrariando o posicionamento do diretório estadual do partido.
Neste ano, atacou indígenas por terem retomado terras classificadas como produtivas. Uma nota de repúdio dos Terena foi emitida na ocasião.
Nesta quinta-feira (10), o presidente estadual do PT informou que faria uma representação contra o deputado no diretório nacional pela homenagem a Temer. Até mesmo o companheiro de Casa, Pedro Kemp, disse que a atitude do parlamentar foi ‘muito infeliz’.
Diretório Nacional
Presidente estadual do PT em Mato Grosso do Sul, Vladmir Ferreira fez uma representação no diretório nacional contra o ex-governador e deputado estadual Zeca do PT por homenagear o ex-presidente Michel Temer, apontado pelos petistas como articulador do impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff.
Temer era vice na chapa com Dilma e acabou se tornando presidente após o golpe político. Para Vladmir, a homenagem de Zeca ao ex-presidente é algo que ‘contradiz a própria história do ex-governador, enquanto petista’.
“Homenagear o Golpista, é homenagear o golpe, que colocou mais de 30 milhões de brasileiros no mapa da fome, que subtraiu direitos trabalhistas e previdenciários da classe trabalhadora, que aumentou a exclusão e a discriminação contra as populações negras, indígenas e a comunidade lgbtqi+, que sucateou a educação, a saúde e desqualificou a ciência, assim como, colocou em risco nosso meio ambiente e nossos ecossistemas, como a Amazônia, o cerrado e o nosso Pantanal”, aponta Vladmir em nota.
Ao Jornal Midiamax, Vladmir disse que ‘há um tempo’ Zeca vem tomando atitudes que contradizem a sua própria história. “Homenagear o golpista, é homenagear o golpe, que fortaleceu a farsa da lava-jato, responsável, entre tantas outras agressões ao Estado Democrático de Direito, por perseguir e prender por 580 dias, a maior liderança popular e o melhor Presidente da História do Brasil, o nosso Presidente Lula”, disse.
Segundo Vladmir, o diretório estadual só deve se reunir em outubro, quando a questão será tratada. “Por enquanto, eu mesmo me indignei e soltei essa nota, como presidente estadual. E a representação na nacional também está feita”, afirmou.
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