Hemosul repudia ‘PEC do plasma’ e diz que está dialogando com o Senado Federal
O órgão está mantendo contato com o autor da proposta para barrar o PL
Anna Gomes –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que prevê a liberação do poder privado comercializar o plasma e hemoderivados é repudiada pelo Hemosul. A gerente de Relações Públicas da entidade, Mayra Franceshi, disse que o órgão já chegou a publicar uma nota de repúdio.
“Somos terminantemente contra a PEC. Já colocamos uma nota de repúdio nas redes sociais e estamos em diálogo com o senador. Todas as hemorredes do país são contra, pois vai acabar com a segurança transfusional. Se por um ingresso omitem uma informação na triagem clínica, imagina por dinheiro. Somos um país de doação voluntária e de doação pelo coração. Benefício é consequência e não pode ser a primeira opção do doador”.
O PL está no Senado Federal. O autor da proposta, do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), diz tratar-se de “um aprimoramento no texto da Constituição Federal, no intuito de possibilitar a atualização da legislação brasileira no que diz respeito à coleta e ao processamento de plasma sanguíneo”.
De acordo com a Lei do Sangue, sancionada em 2001, toda doação deve ser voluntária e não pode ser gratificada. A lei também estabelece que o plasma excedente deve ser repassado gratuitamente ao SUS (Sistema Único de Saúde).
Vale ressaltar que a Constituição Federal proíbe todo o tipo de comercialização de órgãos, tecidos e substâncias humanas. A PEC altera o artigo 199 da Constituição, que dispõe sobre as condições e os requisitos para coleta e processamento de plasma para permitir que isso seja feito pela iniciativa privada. Atualmente, a coleta e processamento de conteúdo sanguíneo fica a cargo da Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia).
No final do mês de agosto, o CNS (Conselho Nacional de Saúde), em uma nota de repúdio, destacou a gravidade da aprovação para usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) e para todas as pessoas que integram a hemorrede.
Ainda conforme o Conselho, o impacto e a gravidade caso a proposta seja aprovada é para toda a hemorrede. “Esta PEC é altamente nociva para toda a política nacional do sangue, pois abre um precedente de comercialização de um hemocomponente do sangue, o que nos fará regredir à década de 1970, onde os mais pobres e vulneráveis faziam a doação de sangue em troca de dinheiro. Isso rompe também o ato de altruísmo e empatia que se tem em uma doação de sangue”, alerta o conselheiro nacional de saúde Eduardo Fróes, representante da Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia).
Notícias mais lidas agora
- Sargento da PM preso por provocar acidente embriagado na Euler de Azevedo ganha liberdade
- VÍDEO: Porco é flagrado ‘passeando’ na Euclides da Cunha
- Bolsa-Família inicia pagamentos de janeiro nesta segunda-feira; confira o calendário
- Apostas feitas em MS ganham premiações parciais nas Loterias sorteadas neste sábado
Últimas Notícias
Criminosos usam viatura policial clonada para roubo de cargas no Rio de Janeiro
Carro foi apreendido por agentes da 62ª DP, em Duque de Caxias
Oficina gratuita capacita para o uso de drones nas artes e cinema
São ofertadas 30 vagas, incluindo para PcD
Homem é preso em flagrante por atear fogo na própria casa após briga de casal em Fátima do Sul
Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo começou no quarto do casal.
Caçamba de lixo é recolhida após morte de motociclista no Parati
Gutierri Marlon Caetano da Silva morreu no local
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.