Estado do Pantanal: Entenda projeto que pode mudar identidade visual do Estado de MS

A ‘marca’ pantanal passaria a constar abaixo do logotipo do Governo do Estado

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Totem da Governadoria de Mato Grosso do Sul (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Apresentada nesta semana pelo deputado Júnior Mochi (MDB), proposta foi defendida por outros parlamentares, para alterar a identificação visual do Estado de Mato Grosso do Sul. Passaria a constar “O Estado do Pantanal” abaixo do logotipo do Governo.

O Projeto de Lei 160 de 2023 foi defendido por deputados estaduais, durante sessão na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) na quinta-feira (1º). O texto da proposta diz exatamente sobre acrescentar inciso à Lei 4.072, de 27 de julho de 2015, que institui a identificação visual do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.

Divulgação/Governo de MS

Assim, diz o inciso: “A identidade visual: ‘O Estado do Pantanal’, postado abaixo do logotipo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, ao lado direito do Brasão de Armas, sobreposto em moldura no padrão gráfico CMIK”.

Entenda a justificativa da proposta

No texto da proposição, o deputado aponta a importância da área do Pantanal, que vai além das fronteiras de Mato Grosso do Sul, ao estado vizinho Mato Grosso. “No entanto, a maior parte da área do pantanal está dentro do nosso estado. Portanto, a marca pantanal tem uma importância significativa”, diz o texto.

Isso, considerando o contexto do ecossistema e potencial econômico, cultural e turístico associado à região. Desta forma, o projeto relembra as importantes vertentes do Pantanal, sendo uma área rica em biodiversidade.

“Essa diversidade biológica é uma fonte de orgulho para o Mato Grosso do Sul e atrai turistas e pesquisadores de todo o mundo”, afirma a proposta. Então, é relatada importância do Pantanal para o turismo no Estado. “O turismo relacionado ao Pantanal impulsiona a economia local, gerando empregos e estimulando o desenvolvimento de infraestrutura turística”.

Além disso, é destacado patrimônio cultural do Pantanal. “Com comunidades tradicionais que vivem em harmonia com o ambiente há gerações, como os pantaneiros. Suas tradições, conhecimentos, folclore e práticas de manejo sustentável fazem parte da identidade cultural do Mato Grosso do Sul”.

No projeto, ainda é destacado como a “marca” Pantanal desempenha papel importante na promoção da conservação ambiental. Também é descrito desenvolvimento econômico proporcionado pela região, que impulsiona o turismo, pecuária e pesca esportiva.

“Dessa forma, com o propósito de promoção e atratividade, o slogan mencionado aumenta a visibilidade do Mato Grosso do Sul tanto a nível nacional quanto internacional. Ao promover a marca pantanal, o estado se torna mais atrativo para investimentos, eventos e parcerias comerciais, e contribui para a criação de uma imagem positiva e distintiva, estimulando o desenvolvimento de outros setores, além do turismo”, diz ainda o projeto.

Deputados debateram tema

Para o autor do projeto, é preciso que os sul-mato-grossenses ‘se apropriem do Pantanal como grife’. “É o nosso símbolo, já que 2/3 do Pantanal está em nosso Estado. Já que essa discussão já foi travada lá atrás e acabou não vingando, infelizmente, nós temos que acrescer e nos apropriar”. Mochi reforçou: “Não estou propondo a mudança de nome, só estou acrescendo”.

Para o presidente da Casa, Gerson Claro (PP), a discussão sobre o Estado do Pantanal é ‘quase uma unanimidade’ entre os deputados.

Pedro Kemp (PT) defende que nunca é tarde para se retomar a discussão. “Eu considero importante para projetar o nosso Estado ao restante do país, já que quando se cruza para outros estados, ninguém conhece Mato Grosso do Sul, só Mato Grosso”, diz.

Para Zeca do PT, a questão não é tão simples. “No nosso Governo, tratei disso por 8 anos e paguei caro. O setor mais conservador falava que eu queria colocar Pantanal [nome do Estado] para ficar PT [na sigla] Ninguém lembra de Mato Grosso do Sul”, disse, relembrando agendas internacionais que participava e autoridades apenas citavam o Mato Grosso.

A tucana Mara Caseiro reforçou a ideia. “Acredito que seria oportuna a mudança”, concordou.

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