A prefeitura de Corumbá, cidade distante 444 quilômetros de Campo Grande, comemorou o decreto do governo do Estado de situação de emergência por 90 dias na região pantaneira. Em nota nesta quarta-feira (15), a administração informou não ter estrutura atualmente para combater as chamas.

“A prefeitura tem acompanhado o trabalho do Corpo de Bombeiros e do PrevFogo, principalmente na região do Paiaguás, já na divisa do Estado com o Mato Grosso, onde os focos são mais intensos. Também existem pontos detectados no Paço do Lontra, Nabileque, Porto da Manga e outras áreas do Pantanal sul-mato-grossense. O município tem oferecido suporte às equipes, mas não tem estrutura para combater as chamas nessas áreas”, pontuou.

O Governo do Estado decretou a situação em Corumbá, Ladário, Miranda, Aquidauana e Porto Murtinho, cidades afetadas por incêndios florestais em parques, áreas de proteção ambiental e áreas de preservação permanente.

Conforme o decreto publicado em edição extra do Diário Oficial nesta terça-feira (14), o Estado vem enfrentando intensa onda de calor, com registro de temperaturas entre 38°C e 43°C, aliada a baixos valores de umidade relativa do ar, entre 10% e 30%, segundo a Semadesc/Cemtec (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação/Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima).

E, nas cidades do bioma Pantanal foram registradas temperaturas muito altas, como em Porto Murtinho e Corumbá – com 42,7°C e 42,0°C. De acordo com a administração estadual, como consequência, tem o surgimento de centenas de focos de calor e incêndios de grandes proporções, principalmente na região pantaneira. Corumbá chegou a registrar a maior temperatura do País, nesta terça-feira (14).