Área queimada no Pantanal cresceu 95,8% no último ano, aponta relatório

Área saltou de 214.525 hectares para 420.000 hectares

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animais em área queimada
Animais em área queimada. (Foto: Marcos Ermínio/Midiamax)

Relatório sobre incêndios florestais feito pela Semadesc/Cemtec (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação/Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) junto com o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul apontou aumento de 95,8% na área queimada no Pantanal no comparativo entre 2022 e 2023. Segundo informou o órgão, a área saltou de 214.525 hectares para 420.000 hectares.

Na área pantaneira, a quantidade de focos de calor também subiu. Enquanto no ano passado foram 1.039, em 2023 chegou a 1.415, um aumento de 36,2%.

De acordo com os militares, a maioria dos focos de calor identificados no Estado concentra-se em Corumbá (74,8%), Aquidauana (12,8%) e Porto Murtinho (10%), conforme dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). 

Desde maio, equipes do Corpo de Bombeiros estão empenhadas nessas regiões, com efetivo de 296 bombeiros, desempenhando ações de prevenção, preparação e combate aos incêndios florestais. 

Saldo positivo do relatório vem do cerrado, que teve redução de área queimada em um ano. De 760.475 hectares, 2023 teve área de cerrado queimada de 684.225. Em contrapartida, os focos de calor subiram 54,4% no cerrado sul-mato-grossense, saltando de 882 para 1.361.

“Mato Grosso do Sul tende a registrar altas temperaturas, com valores entre 40-43°C aliado a baixos valores de umidade relativa do ar, entre 10-30% em grande parte do Estado. Porém, não se descartam pancadas de chuvas e tempestades. Além disso, essas condições meteorológicas extremas tornam o ambiente atmosférico propício para a ocorrência de incêndios florestais”, pontuou o Corpo de Bombeiros. 

A partir do dia 18 de novembro, aproximação de frente fria deve quebrar o bloqueio atmosférico, favorecendo formação de chuvas no Estado, que, na maior parte, tem risco de fogo variando de “alto” a “crítico”, com destaque nas regiões centro-norte e noroeste.

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