Deputados elogiam PM por segurança durante ‘Grito dos Excluídos’ e geram bate-boca na Alems
Moções de congratulação foram aprovadas pela maioria dos deputados na Assembleia de MS
Mariane Chianezi, Evelin Cáceres –
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Os deputados estaduais Rafael Tavares (PRTB) e Coronel David (PL) apresentaram nesta quarta-feira (13) moções de congratulação pelo trabalho da PM (Polícia Militar) durante o Grito dos Excluídos, marcha que acontece tradicionalmente após os desfiles militares de 7 de Setembro.
Neste ano, a polícia realizou esquema para preservar a segurança de autoridades na descida do palanque, em Campo Grande. Os manifestantes não gostaram dos militares terem impedido o avanço da marcha, que acontecia de forma pacífica, e protestaram. O deputado estadual Pedro Kemp relata agressões durante a ação.
“Se fosse uma moção de apoio ao trabalho da PM eu votaria sim. Mas é uma moção que apoia o ato que fizeram contra a manifestação democrática. Quando os golpistas acamparam em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste), a polícia passava e dava até joia. Agora se é pobre manifestando… Quem deu a ordem para aquela truculência toda? Quem foi?”, questionou.
Segundo Kemp, uma senhora quilombola foi jogada no chão. Coronel David, por sua vez, disse ter ficado triste com as afirmações do colega parlamentar.
“Fico triste de ouvir isso do Kemp. Porque ele tirou uma situação que aconteceu de polícias que estavam compromissados pela ordem no desfile e fez comparações nada elogiosas. Peço respeito à instituição da polícia”, disse.
Kemp afirmou que o deputado estava faltando com a verdade. “Não desrespeitei a PM, apenas quis saber quem deu a ordem. Eles mesmos disseram para mim que estavam cumprindo ordens. Ordens de quem?”, rebateu.
As moções foram aprovadas pela maioria dos votos, com votos contra do deputado Pedro Kemp e Gleice Jane, ambos do PT.
Grito dos Excluídos
A PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) emitiu nota no mesmo dia após confusão envolvendo manifestantes e deputado estadual, Pedro Kemp (PT), no Grito dos Excluídos. O parlamentar teria ultrapassado grade de segurança que militares haviam posicionado para impedir passagem e Kemp classificou ação como ‘repressão desnecessária’.
Em um dos vídeos publicados, Kemp disse que ao final do ato, a polícia teria impedido a passagem, não deixando que os participantes passassem pelo palanque onde estavam as autoridades. “Somos cidadãos que desejam se manifestar por um país com mais igualdade social e fraternidade. Gritamos pelos excluídos. Democracia, paz e justiça social”, disse.
A PMMS emitiu nota, afirmando que em determinado momento precisou isolar a área do palanque em um cordão formado pelos policiais e que logo seria desfeito após a solenidade, havendo a liberação da via para que o grupo que participava do Grito dos Excluídos pudessem passar.
Ao fim da nota, lamentou o ocorrido envolvendo o deputado. “A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul lamenta o incidente ocorrido envolvendo o Deputado Estadual Pedro Kemp o qual demonstrou desconhecer os procedimentos que estavam em curso e de maneira equivocada tentou transpor o cordão de isolamento, bem como, incitou algumas pessoas a realizar tal ato. Esclarecemos que tão logo ocorrera a solenidade de encerramento do desfile houve a liberação da via”, disse.
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