A Câmara de Ponta Porã deu posse ao vereador Jorginho da Saúde (PSDB), suplente do vereador Rafael Modesto (PSDB) — afastado em operação da PF (Polícia Federal). O parlamentar afastado é investigado por grilagem de terras da União.

Rafael teve o mandato suspenso por 180 dias. Assim, a Câmara de Ponta Porã convocou e deu posse ao suplente, Jorginho da Saúde.

A cerimônia aconteceu nesta terça-feira (14), antes da sessão ordinária da Casa de Leis. “Chego a esta Casa com a vontade de trabalhar bastante por Ponta Porã. A população já conhece minhas ações, porém, quero contribuir para que o nosso município cresça ainda mais”, disse o vereador.

Operação da PF

A Operação foi deflagrada em 7 de março deste ano. A Polícia cumpriu seis mandados de busca e apreensão. O vereador e ex-presidente da Casa, Rafael Modesto (PSDB), foi um dos alvos da operação e teve o mandato suspenso por 180 dias.

Então, a operação apreendeu cerca de 9 quilos de materiais, entre aparelhos celulares, contratos imobiliários, contratos de compra e venda, procurações. Além disso, as equipes encontratam aproximadamente R$ 10 mil em espécie, mapas com localização de lotes, mídias, orçamentos de materiais de construção e carnês de pagamento.

A operação teve por finalidade reprimir crimes de invasão de terras da União, corrupção, advocacia administrativa, tráfico de influência, falsidade documental e estelionato envolvendo também assessores parlamentares e ex-vereador da Câmara.

Assim, conforme a Polícia Federal, as investigações começaram após fiscalização promovida pela Superintendência do Patrimônio da União em MS, vinculada ao Ministério da Fazenda. A ação constatou ocupações irregulares em imóveis de propriedade da União em Ponta Porã.

Câmara nega relação com operação e mantém sessão

Apesar de Modesto ser investigado, a Casa negou relação com a legislatura e gestão atual. “A administração vê com tranquilidade e inclusive colabora com o trabalho da Polícia Federal. Hoje teremos sessão ordinária e os trabalhos serão mantidos dentro da normalidade”, diz o comunicado.

A assessoria informou que não sabe detalhes da investigação, mas que pode afirmar que “não tem nada a ver com a Câmara Municipal”. A sessão transcorreu normalmente e os vereadores votaram três matérias.