Pular para o conteúdo
Política

Após caso Sophia, Comissão deve visitar conselhos tutelares buscando parcerias em Campo Grande

Caso Sophia gerou discussões e diversas ações passaram a ser tomadas para maior proteção de crianças e adolescentes em Campo Grande
Gabriel Neves -
conselho tutelar caso sophia
Conselho Tutelar foi acionado pela Polícia Militar (Foto ilustrativa, Arquivo, Midiamax)

A Comissão Permanente de dos Direitos da Criança e do Adolescente da Câmara de Campo Grande deve visitar cinco conselhos tutelares nesta sexta-feira (3). As movimentações envolvendo o Conselho Tutelar em tomaram grandes proporções após o caso Sophia, morta aos 2 anos após ser estuprada e torturada pelo padrasto.

De acordo com o presidente do colegiado, o vereador Coronel Villasanti, a intenção é estabelecer parcerias para proteger os menores que sofrem maus-tratos.

“Vamos percorrer os cinco conselhos tutelares da cidade. Vamos nos reunir com o Secretário de Segurança e fazer parceria. Queremos investigar para oferecer apoio as crianças e aos adolescentes”, afirmou Villasanti.

Audiência mobilizou família e sociedade

O caso Sophia deflagrou uma séria de discussões e ações envolvendo a proteção de crianças e adolescentes em Campo Grande. Há algumas semanas, diversas pessoas estiveram presentes durante audiência realizada na Câmara Municipal.

O evento foi marcado pelos ânimos exaltados com a situação.

O plenário da ficou lotado para que a sociedade debatesse em conjunto sobre o assunto, buscando alternativas para que haja uma rede de proteção efetiva para crianças e adolescentes em Campo Grande.

Vestidos com uma camiseta que estampa uma fotografia ao lado da filha, Jean Carlos Ocampos e o marido, Igor de Andrade, relembram cada passo no processo de pedido de ajuda aos órgãos públicos, como o Conselho Tutelar.

Jean diz que a lembrança do sorriso da pequena é motivo para força na luta e evitar mais casos.

Crianças vítimas de violência serão atendidas na Casa da Mulher

A partir desse fim de semana, crianças e adolescentes vítimas de violência serão atendidos na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher), em Campo Grande, que fica na Casa da Mulher Brasileira.

O secretário da Sejusp-MS (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul), Antônio Carlos Videira, oficializou a informação.

Videira esteve na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) e usou a tribuna para falar sobre providências que o Estado tem tomado para evitar casos semelhantes ao da menina Sophia, no final de janeiro deste ano, morta e estuprada pelo padrasto. A também está presa.

“Levamos essa demanda emergencial para o conselho gestor da Casa da Mulher para que pudéssemos, enquanto não temos pronto um ambiente no Cepol”, iniciou.

“Também tem a criança do sexo masculino, então fizemos uma exposição massiva, mas não tivemos uma resposta. Nesse sentido, o delegado Gurgel baixou uma portaria, em face da resposta não ter vindo, nós vamos atender sim ali [Casa da Mulher] toda criança vítima de violência. Se vier algum expediente pedindo o contrário, nós vamos explicar que em breve teremos um ambiente propício”, explicou o secretário.

Caso Sophia

Sophia morreu aos 2 anos, na noite do dia 27 de janeiro. Ela foi levada pela mãe a um posto de saúde, onde as médicas que atenderam a menina constataram que ela já estava morta há pelo menos quatro horas. Tanto a mãe como o padrasto de Sophia foram presos e já indiciados pelo crime.

O casal ainda tentou alterar as provas da morte da menina para enganar a polícia. A prisão preventiva foi decretada no dia 28 de janeiro.

Em sua decisão, o magistrado afirmou que: “A prisão preventiva se justifica, ainda, para preservar a prova processual, garantindo sua regular aquisição, conservação e veracidade, imune a qualquer ingerência nefasta do agente. Destaca-se que, conforme noticiado nos autos, a criança somente foi levada para o Pronto Socorro após o período de 4 horas de seu óbito, o que evidencia que os custodiados tentaram alterar os objetos de prova.”

O juiz ainda citou que caso o casal fosse solto, haveria a possibilidade de tentativa de alteração de provas “para dificultar ou desfigurar demais provas”.

O casal foi levado para unidades penitenciárias, sendo a mulher para o interior do Estado e o padrasto da menina para a Gameleira de Segurança Máxima.

A menina passou por vários atendimentos em unidades de saúde, entre eles febres, vômitos, queimaduras e tíbia quebrada.

Em menos de 3 meses, a criança foi atendida diversas vezes sem que nenhum relatório fosse repassado sobre os atendimentos a menina.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Corregedoria adia para 2º semestre julgamento de denúncia contra procurador do MPMS

carol castro proposta 10 milhões

‘R$ 10 milhões por uma noite’: Carol Castro revela como reagiu ao receber proposta chocante

Deputado Neno sugere que PT deixe os cargos no governo de Eduardo Riedel

denúncia

Câmara recebe denúncia contra prefeito de Nova Alvorado do Sul por realocar quase R$ 1 milhão em emendas

Notícias mais lidas agora

cpi LÍVIO CONSÓRCIO

Sem resultados, CPI já gastou mais de R$ 100 mil e dispensou oitiva com dono do Consórcio

Corregedoria adia para 2º semestre julgamento de denúncia contra procurador do MPMS

Trump garante que cessar-fogo entre Irã e Israel ‘está em vigor’, após ligar para Netanyahu

Falência e recuperação judicial de empresas são tema de seminário gratuito na próxima semana

Últimas Notícias

Brasil

Após acareação, advogado de Braga Netto diz que Mauro Cid é mentiroso

Audiência teve duração de 1h30

Brasil

Por que o resgate de brasileira morta em trilha na Indonésia foi tão difícil?

Corpo de Juliana foi encontrado após quatro dias desaparecida no monte Rinjani

Polícia

Jovem é presa com R$ 161 mil em drogas junto ao corpo em ônibus de viagem

Jovem pegou a droga em Amambai e levaria à Chapecó, em Santa Catarina

Política

Projeto que reforça segurança jurídica nas PPPs da saúde é aprovado em MS

Proposta do Poder Executivo autoriza o governo a usar recursos do Estado para constituir garantias em contratos de PPP