O Departamento Jurídico da Assomasul (Associação dos Municípios de ) deve analisar os fatos durante a 4ª fase da Assomasul em –a 419 km de Campo Grande–, envolvendo briga entre dois prefeitos e suspensão de uma partida, além de ameaça de um dos gestores de deixar a entidade se o outro envolvido não for punido.

O presidente da Assomasul, Valdir Couto Junior (PSDB, Nioaque), disse aguardar um relatório da organização do torneio para definir como a entidade deve proceder. Quanto a motivação da confusão, reforçou que a associação é maior que torneios de futebol. Ainda assim, avaliará o que cabe no cenário.

“Eu já conversei com o e o André. A Assomasul é maior do que a Copa. Ela passou a ter representatividade junto aos 78 municípios do Estado e a Copa é um meio de promover a inclusão, a integração dos servidores públicos municipais. É a maior copa de futebol amador de Mato Grosso do Sul e do Centro-Oeste”, destacou Valdir. “Ao longo dos anos a Copa tomou corpo. Já foram realizadas 28 etapas, 4 fases e mais de 140 jogos”, prosseguiu.

Sobre os fatos em Corumbá, o presidente da entidade ateve-se inicialmente aos efeitos no campo esportivo. “A Comissão Arbitral vai levantar um relatório para ver as punições às equipes”, disse. Assim, a reunião deve ocorrer na próxima terça-feira (21). “Saindo o parecer, vamos tomar providências em cima do regulamento aprovado”.

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Valdir disse que o relatório deve balizar conversas internas sobre o episódio. O tema deve esperar porque muitos prefeitos e a própria entidade está mobilizada para a visita que a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, agendou para o Estado nesta quinta-feira (15).

“Acredito que a gente vai conversar internamente”, pontuou. Por fim, sobre a possibilidade de punições aos prefeitos envolvidos na confusão, reforçou depender de posição do Jurídico em relação ao estatuto. Como associação, para o ingresso do município, basta a manifestação do prefeito.

Copa Assomasul teve jogo paralisado por causa de confusão

No domingo (12), durante os jogos da tarde no Estádio Arthur Marinho, o confronto entre e parou aos 9min. O motivo foi a briga ao lado do campo. O prefeito de Vicentina, Marquinhos do Dedé (PSDB), desceu da arquibancada e vez acusações contra André Nezzi, de Caarapó, diretor de Esportes da entidade.

O bate-boca evoluiu para empurrões e agressões. Então, a esposa de Nezzi acabou atingida, junto do marido, e se feriu. Segundo o prefeito de Caarapó, um jogador de Vicentina os atingiu com uma “voadora”. Além disso, ele acusou Dedé de estar embriagado e de causar confusão propositalmente, ao dizer que o diretor de Esportes estaria agindo para manipular resultados em favor de Caarapó. Isso –causaria confusão que poderia prejudicar o time que estava ganhando.

Segundo Nezzi, brigas em campo seriam fatores para eliminação dos times que se envolvessem, porém, reiterou que nenhum jogador de Caarapó se envolveu na confusão –diferente de Vicentina, cujo um jogador teria agredido ele é sua esposa.

Prefeitos se dizem ‘provocados'

Dedé, ao Jornal Midiamax, afirmou que foi provocado por André Nezzi, que teria intimidado funcionários pela manhã e, durante o jogo, lançado uma garrafa de água contra ele. Ele afirma que não iniciou a confusão e foi até o local porque reclamava e não era ouvido –vídeo do evento mostra o prefeito de Vicentina gritando com organizadores, afirmando ser prefeito de 4 mandatos. Assim, também negou ter consumido álcool no dia.

Nezzi, por seu turno, também falou com a reportagem e reforçou as acusações contra Marquinhos. Então, ele reiterou que, com exceção do jogador que lhe agrediu, nenhum outro se envolveu na confusão que o prefeito de Vicentina havia insuflado os ânimos no local. Dedé teria feito acusações e o ofendido, com dedo em riste, fazendo Nezzi também levantar, além de tentar lhe dar um soco no rosto. Na sequência, veio a confusão.

Assim, além de reiterar que estava no local como diretor de Esportes da Assomasul e que Dedé poderia ter acessado o local normalmente se quisesse, Nezzi disse que registrou boletim de ocorrência sobre os fatos –Dedé não teria ido à delegacia– e cobrou da Assomasul punição contra o colega de Vicentina. Além disso, disse ter entregue o posto de diretor de Esportes e que, se o caso terminasse em punição a Dedé, Nezzi deixaria a Assomasul.