‘Herança’: Prefeitura de Campo Grande não tem caixa para reajuste de professores
Categoria vai analisar posicionamento da prefeitura e discute assunto em assembleia
Karina Campos, Clayton Neves –
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Sem desfecho durante a reunião na manhã desta terça-feira (23), a Prefeitura de Campo Grande alega dificuldades financeiras para pagar o reajuste escalonado dos professores de Campo Grande, definido em lei municipal deste ano.
Na gestão do ex-prefeito, Marquinhos Trad (PSD), em março deste ano, foi acordada entre a ACP e o município a proposta de reajuste escalonado de 67% até 2024.
O escalonamento deverá ser da seguinte forma: 10,06% retroativo a fevereiro, 10,39% em novembro de 2022; 11,67% em maio/2023; 11,67% em outubro/2023; 11,67% em maio/2024; e 11,67% em outubro/2024.
A categoria segue para uma assembleia geral, às 17h, na sede da ACP (Sindicato Campo-Grandense de Profissionais de Educação Pública).
De acordo com o presidente do sindicato, Lucílio Nobre, a prefeita Adriane Lopes (Patriota) informou que o executivo está no limite prudencial dos gastos com pessoal. A categoria retorna para o paço às 15h para receber um documento oficial com as alegações do município. Depois disso, os professores se reúnem em assembleia para discutir a situação.
“A categoria quer uma resposta por escrito para que não haja especulações e sobre as intenções do município em cumprir a lei. A prefeitura não pode transferir a responsabilidade que tem para vereadores ou para categoria. Não cabe a nós sentarmos na cadeira da prefeitura e fazer a gestão do município. Quem precisa equilibrar o orçamento é a prefeita”, pontua.
Após receber o ofício, a categoria se reúne em assembleia geral para debater o reajuste. Na próxima terça-feira (29), o sindicato e o executivo retornam com as negociações e cobranças para soluções.
Executivo pede alternativas
O novo secretário municipal de educação, Lucas Bitencourt, reforçou que município irá buscar alternativas para o pagamento, mas desconversou sobre a possibilidade de parcelar novamente o reajuste.
“Queremos e precisamos cumprir a lei, esse é o nosso objetivo, mas encontramos dificuldades na própria lei. Agora, a prefeitura vai montar comissões para apontar propostas e resolver a questão. Estão abertas as construções para equilibrar a receita”, finaliza.
Lei previa possibilidade
O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Carlos Augusto Borges, conhecido como Carlão (PSB), afirmou que, na ocasião em que a legislação que previa o aumento foi aprovada, já havia previsão de pagamento mediante disponibilidade financeira.
“Não é o caso da prefeitura hoje. Cabe à prefeita, ACP e Comissão de Educação da Câmara tentar um acordo de como cumprir esse compromisso”, disse ao Jornal Midiamax.
*Colaborou Mayara Bueno
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