A candidata do PT ao governo de Mato Grosso do Sul, Giselle Marques, admitiu nesta segunda-feira (3) que se surpreendeu com o resultado das eleições gerais de 2022, no domingo (2). Ela terminou em 5º lugar, com 9,42% dos votos válidos.

“O sentimento é de gratidão. Foi a primeira vez que fui candidata e tivemos mais de 135 mil votos. Foi surpreendente, mostrou que a população quis renovação, e também fortalece as mulheres”, avaliou.

Giselle considerou ainda a votação do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à Presidência, expressiva no Estado. “Minha votação é reflexo do Lula, que foi muito bem votado aqui. Agora é reunir o maior número de apoios possível para o segundo turno”, disse.

Questionada sobre a posição do PT no segundo turno em Mato Grosso do Sul, ela disse que o partido ainda deve debater. “Vamos deliberar, ver quem aceita assumir a candidatura do Lula. Entre hoje e amanhã [terça-feira, 4], devemos nos decidir”, pontuou.

Se não fosse voto útil, candidata acredita que iria ao segundo turno

Giselle ainda lamentou a campanha por voto útil, que na sua avaliação, atrapalhou suas chances de ir ao segundo turno. “Tivemos quem defendesse voto útil até dentro do partido”, lembrou.

“Algumas lideranças do partido deixaram de lado minha candidatura, mas não tenho mágoa”, comentou.

O ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, viralizou na véspera da eleição, defendendo voto em Eduardo Riedel (PSDB).

Pesquisas erraram, diz Giselle Marques

O resultado expressivo fez a petista questionar até as pesquisas de intenção de voto. Apenas um levantamento captou que Capitão Contar (PRTB) teria uma votação considerável e disputaria o segundo turno contra Riedel.

Giselle conseguiu o feito de superar o candidato do PSD, o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad. “Os grandes derrotados são os institutos de pesquisa. As pesquisas nacionais não ficaram muito distantes. Mas aqui nenhuma me mostrava com 9%”, comentou.