Escolhida pela terceira via, Simone diz que não dará ‘passo para trás’ como vice e aguarda apoio do PSDB
A senadora sul-mato-grossense fez declaração durante coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira.
Renan Nucci –
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Durante coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (25), a senadora sul-mato-grossense Simone Tebet, pré-candidata à presidência da República pelo MDB, disse que é o nome escolhido pela terceira via e, por este motivo, não tem interesse em concorrer como vice.
Quando questionada sobre composição de chapa e eventual união a Eduardo Leite (PSDB), ex-governador do Rio Grande do Sul, Simone foi categórica e afirmou que para justificar sua representatividade, não poderia dar um passo para trás neste momento e aceitar ser vice de um homem.
“A vida inteira nós fomos obrigadas a andar atrás dos homens, não posso ser eu neste momento como mulher, como a única mulher pré-candidata a uma grande chapa a dar um passo para trás […] aceitar ser vice não é um demérito, não é por mim é pelo o que represento frente a maioria do eleitorado brasileiro. Por muito tempo fomos ensinadas a andar atrás, agora não posso ser eu a dar um passo para trás”, reforçou.
Na oportunidade, quando perguntada sobre compor chapa com outra mulher como vice, Simone mencionou conversas sobre o nome da senadora maranhense Eliziane Gama (Cidadania). Disse que são grandes amigas, que gostaria de tê-la na caminhada, mas que tudo depende da presidência do MDB e dos aliados Cidadania e PSDB.
PSDB
Quanto ao fato de não ser unanimidade dentro do PSDB, que cogitou lançar o nome de João Dória (que já anunciou desistência) e de Eduardo Leite à presidência, Simone disse ter profunda relação de amizade com o partido e que nos próximos dias a aliança será definida. Disse também que a indecisão dos tucanos até agora não deve atrapalhar seus planos e que conta com apoio do partido.
“Não temos a unanimidade do partido [PSDB], mas teremos unanimidade nas convenções. Isso significa unidade. Não tenho dúvidas que na semana que vem estejamos com quem sempre foram nossos aliadas desde a primeira hora”, explicou. “Agora cabe aos partidos” ressaltou ela, que estava o lado de Baleia Rossi, presidente do MDB, e de Roberto Freire, presidente do Cidadania.
Campanha e projetos
A pré-candidata disse que é de fato uma opção à polarização entre Lula e Bolsonaro, mas que vai seguir um outro caminho, que segundo ela é o caminho de pacificação e união. Neste sentido, não irá entrar em embates polêmicos com as duas alas. “Temos que falar menos de Lula e Bolsonaro e mais do Brasil e dos brasileiros […] a missão é pacificar o Brasil e resolver os problemas das pessoas”, finalizou.
Ela também adiantou que pretende criar um ministério paritário, com número igual entre homens e mulheres no comando das pastas do executivo, bem como pretende criar um Ministério da Segurança Pública com objetivo de aparelhar as forças de segurança, bem como buscar solução para implementar ações de inteligência, investimentos e amparo aos policiais.
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