Presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, defendeu a liberdade de imprensa e criticou decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra o grupo de comunicação Jovem Pan, em agenda neste sábado (22).

“A imprensa tem que ter liberdade até para errar. O melhor controle da mídia é deixar a mídia livre”, disse o presidenciável à rede CNN. Bolsonaro se referia a decisão do TSE, que restringiu o grupo Jovem Pan de tratar de fatos envolvendo a condenação do candidato do PT à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva.

Pedido feito pela Coligação Brasil da Esperança à Justiça Eleitoral, determinou a retirada do ar peças publicitárias de campanha eleitoral, feita por adversários, com a temática “Lula mais votado em presídios” e “Lula defende o crime”.

Por 4 votos a 3, os ministros decidiram ainda que os jornalistas da emissora não reproduzam essas críticas contra Lula, sob pena de multa diária de R$ 25 mil para o canal e para os jornalistas.

Decisão do TSE

O TSE restringiu a Jovem Pan de tratar fatos envolvendo a condenação de Lula, na quarta-feira (19). Além disso, na ação, os advogados da Coligação Brasil da Esperança pediram o direito de resposta por comentários feitos por jornalistas da Jovem Pan.

De acordo com a decisão, o tribunal deu o prazo de dois para que Lula tenha direito de resposta nos canais da Jovem Pan. A resposta de ter o mesmo “impulsionamento de conteúdo eventualmente contratado”.

Jovem Pan classificou decisão como censura

A Jovem Pan publicou um editorial a respeito da decisão do TSE. O veículo classificou a decisão da Justiça Eleitoral como censura. A emissora divulgou seu posicionamento na quarta. Inclusive uma tarja de censura foi adiciona em sua logo.

“A Jovem Pan está, desde a segunda-feira, 17, sob censura instituída pelo Tribunal Superior Eleitoral”, iniciou a emissora. “A determinação do Tribunal é para que esses assuntos não sejam tratados na programação jornalística da emissora. Censura”, afirmou a Jovem Pan.