Reinaldo entrega presidência do Prosseguir para pré-candidato do PSDB

Recentemente, Prosseguir causou polêmica em Campo Grande e fez Reinaldo recuar em decreto

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O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) passou a presidência do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia) ao secretário de Infraestrutura e pré-candidato ao governo em 2022, Eduardo Riedel, reacendendo a especulação feita por lideranças dos municípios do Estado do suposto uso político da ferramenta, divulgada pelo Governo do Estado como conjunto de orientações a serem seguidas na pandemia. 

Reinaldo assumiu a presidência do programa em 25 de junho com mais 12 membros titulares no Comitê Gestor do Prosseguir. Quase 20 dias depois, em decreto publicado nesta terça-feira (13), o governador designou Riedel para exercer a função de Presidente do Comitê.

Riedel é pré-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pelo PSDB, para disputa de 2022. O titular da Seinfra estava no comando da Segov (Secretaria de Governo) até fevereiro, quando Reinaldo anunciou as mudanças no alto escalão, colocando Sérgio Murilo na Segov, Riedel na Seinfra e tirou o vice-governador, Murilo Zauith, da secretaria de Infraestrutura. 

Polêmicas

Em 10 de junho, o Prosseguir colocou 43 municípios em bandeira cinza (grau extremo) devido à pandemia da Covid-19. Com isso, os municípios teriam que seguir uma série de restrições com o objetivo de reduzir a disseminação do coronavírus, só funcionando os serviços considerados essenciais.

Campo Grande era um dos municípios que estava na bandeira cinza. Porém, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) contestou a publicação do Prosseguir e, após 4 dias, novo decreto municipal determinou que a Capital retornasse à faixa da bandeira vermelha do Prosseguir. 

Sidrolândia, Três Lagoas e Ponta Porã seguiram os passos da Capital e também relaxaram as medidas. Os gestores contestaram as medidas do Prosseguir e cogitaram, ainda, uso político do programa.

Até mesmo prefeitos tucanos, como de duas das cinco maiores cidades de Mato Grosso do Sul, Ponta Porã e Três Lagoas, decidiram atropelar o decreto estadual que determinou restrições mais severas às atividades consideradas não essenciais. Os dois gestores têm em comum o partido, o PSDB, cuja maior liderança no Estado é justamente quem assina o ato ignorado, o governador Reinaldo Azambuja.

O prefeito tucano de Ponta Porã, Hélio Peluffo, anunciou que não acataria o lockdown proposto pelo governo estadual no memso dia em que o decreto foi publicado. O município foi um dos 43 rebaixados para a bandeira cinza do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança na Economia), de risco extremo para a covid-19. Mas, segundo a prefeitura, as medidas de biossegurança balizadas pela classificação vermelha, de alto risco, já seriam suficientemente seguras.

Já o prefeito de Três Lagoas, Ângelo Guerreiro (PSDB), chegou a se curvar ao decreto de Reinaldo, mas voltou atrás menos de uma semana depois e baixou ato municipal liberando o comércio não essencial de baixo e médio risco. 

 

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