A bancada federal de Mato Grosso do Sul se dividiu em votação do projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2022, realizada na tarde de hoje (15) no . Entre as propostas do texto está a destinação de recursos da Justiça Federal para o FEFC (Fundo Especial de Financiamento de Campanha), o chamado , medida que eleva a verba dos partidos nas eleições do ano que vem para R$ 5,7 bilhões.

O projeto turbina o fundo em relação aos valores aprovados nos pleitos anteriores, em 2020 e 2018, quando a reserva somou aproximadamente R$ 2 bilhões. A manobra do deputado Juscelino Filho (DEM-MA), relator da matéria, motivou críticas de eleitores nas redes sociais.

O texto passou primeiro pela Câmara dos Deputados, com 278 votos favoráveis, 145 contrários e uma abstenção.

De Mato Grosso do Sul, votaram pela aprovação da LDO 2022 a bancada do PSDB – Beto Pereira , Bia Cavassa e Rose Modesto -, bem como o deputado Luiz Ovando (PSL).

Votaram contra o projeto Dagoberto Nogueira (PDT), (PT), Fábio Trad (PSD) e Loester Trutis (PSL).

No Senado, maioria de MS se opôs ao projeto

Em seguida, o Senado Federal aprovou o projeto da LDO 2022 com 40 votos a favor e 33 contrários.

A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) votou contra a proposta que turbina o fundo eleitoral. “É muito complicado nós termos que votar a LDO, mas, infelizmente, não podemos aceitar o aumento do fundo eleitoral”, disse a parlamentar durante a sessão deliberativa.

Simone Tebet (MDB-MS) também se opôs ao projeto, inclusive na contramão do que orientou a liderança do partido na Casa.

Já o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) votou favorável. “Entendo que essa questão do fundo eleitoral é polêmica, mas eu quero fazer aqui um adendo. A partir do instante em que ele é administrado de forma transparente, de forma clara, para não deixar nenhum parlamentar amarrado às empresas privadas que havia antigamente, eu entendo que ele é necessário, sem nenhuma hipocrisia”, disse.

O texto da LDO agora segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).