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Política

Na Alems, deputados repudiam ‘inclusivismo’ do ministro da Educação

Em entrevista, ministro Milton Ribeiro usou termo da teologia para falar de educação de crianças com deficiência
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Deputados aprovaram moção de repúdio contra ministro
Deputados aprovaram moção de repúdio contra ministro

Os deputados estaduais de vão enviar ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, uma moção de repúdio, após ele declarar não querer o inclusivismo. O termo da teologia foi usado em referência às crianças com deficiência nas escolas. A moção de repúdio foi apresentada pelo deputado (PT) e aprovada com 11 votos favoráveis e quatro contrários. 

Ribeiro defendeu em entrevista que algumas crianças com deficiência estudem em salas de aulas separadas do restante dos estudantes. “Nós não queremos o inclusivismo, criticam essa minha terminologia, mas é essa mesmo que eu continuo a usar”, disse o ministro.

Segundo Kemp, a declaração de Milton Ribeiro é no mínimo ofensiva. “É uma declaração discriminatória e vai na contramão da política nacional do Plano Nacional de Educação e da Constituição Federal que determina que as crianças com deficiência sejam atendidas pela rede regular de ensino”.

Capitão Contar (PSL) gravou um trecho da entrevista do ministro e colocou para os demais deputados ouvirem. “Ele fala que não existia a estrutura para os alunos terem atenção adequada”, comentou o deputado, dizendo que Ribeiro se refere ao passado.

Coronel David (sem partido) afirmou que a teorização de Kemp é correta, porém, entende que a fala do ministro foi retirada do contexto. “Entendo que a palavra inclusivismo teve mais polêmica do que ele quis dizer. Mas, precisamos admitir que o estado brasileiro ainda não tem estrutura para tratar os alunos da educação especial”.

Por sua vez, Neno Razuk (PTB) disse ter ficado indignado com a entrevista. “Me fogem as palavras, a revolta que me causa ouvir isso. O trecho colocado pelo colega foi curto. Eu sinto o preconceito, eu tenho filho especial, eu me senti ofendido”.

Razuk afirmou que o ministro deveria ter soluções. “Esse ministro ao invés de trazer soluções, ao invés de buscar a maneira para amparar as pessoas com filhos especiais, vem com pensamento retrógrado. Estou revoltado, essa fala não tem defesa”.

Barbosinha (DEM) disse que o termo inclusivismo mencionado pelo ministro não é usado em políticas públicas. “O termo não consta em dicionários, não encontro a expressão. O ministro precisa ter domínio da língua portuguesa e utiliza de forma inadequada a expressão ‘atrapalhar'”.

Conforme a deputada Mara Caseiro (PSDB), ela entende a intenção do ministro, mas a maneira como ele se colocou foi equivocada. “Entendo a intenção dele, que é fortalecer as Apaes e as instituições que atendem as pessoas com necessidades especiais, mas a maneira como ele se colocou, a gente tem que tomar cuidado”. 

Os deputados que votaram contra a moção foram os seguintes: Coronel David, Capitão Contar, João Henrique Catan (PL) e (PP). Vendramini e Catan afirmaram que a entrevista foi tirada de contexto, por isso, se posicionaram contra. Os demais parlamentares não votaram.

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