O crime envolvendo a criança indígena Raissa da Silva Cabreira, de apenas 11 anos, morta após ser estuprada pelo tio e mais quatro adolescentes e jogada de uma pedreira em Dourados, chocou o país. Uma diligência para cobrar plano de ações com medidas de combate à violência contra os povos indígenas será realizada na aldeia Bororó, onde o crime aconteceu, e terá a presença do Ministro da Justiça, Anderson Torres, e da Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.

A agenda foi proposta pela deputada federal Rose Modesto (PSDB). A Coordenadora Geral da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, Celina Leão, também foi acionada para participar da diligência, que será realizada no dia 26 de agosto. 

Representantes do Ministério da Justiça, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, da Associação dos Magistrados Brasileiros e alguns parlamentares foram confirmados para a diligência. 

Conforme a deputada, o número de casos registrados é inferior à realidade. “A violência contra mulheres, especialmente contra crianças indígenas, é um crime recorrente. Não podemos admitir que os poderes permaneçam inertes diante da barbaridade que essa menina sofreu”, disse.

Rose cita a presença das autoridades que vão participar do ato. “Além da Celina, contamos também com as presenças do Anderson (Ministro da Justiça), da Damares (Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos), Renata Gil (Presidente da AMB) e de alguns parlamentares, na aldeia onde a Raissa foi brutalmente violentada e assassinada. Não vamos sair sem discutir sobre todos os problemas que vêm acontecendo. Precisamos tirar as drogas das aldeias e acabar com os estupros, homicídios, suicídios. Inúmeros índios morrem e ninguém nem fica sabendo”, afirmou a deputada.