O deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT-MS) apresentou projeto de lei à Câmara dos Deputados a fim de incluir jornalistas e profissionais da imprensa no grupo prioritário da vacinação contra a covid-19. A proposta foi protocolada hoje (8).

Em justificativa, o pedetista alega que “além de estarem no front da batalha contra a desinformação, jornalistas, cinegrafistas, radialistas, fotógrafos e outros profissionais estão enfrentando condições de trabalho difíceis, ditadas pelo risco de contágio e pelo isolamento social, agregado ao fato de que estão sendo duramente golpeados com constantes ataques e agressões”.

O deputado também apresentou estudo da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), que apontou a classe jornalística como uma das profissões que estão mais expostas ao novo coronavírus, com 52% de chance de contágio.

Além disso, anexou dados da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), que mostram o Brasil como o país com maior número de jornalistas mortos pela covid-19 no mundo. Só nos três primeiros meses deste ano foram 86 casos fatais registrados.

O projeto ainda deve tramitar por comissões da Câmara e não tem previsão para ser votado.

O gesto é mais um na esteira da semana em que é lembrado o Dia do Jornalista, celebrado ontem (7). Nesta quarta, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) pediu a inclusão da categoria no grupo prioritário ao Ministério da Saúde.

A classe foi contemplada em Teresina, capital do Piauí, cuja prefeitura adicionou profissionais entre aqueles que serão vacinados primeiro.

Em Mato Grosso do Sul, o secretário de Saúde Geraldo Resende acenou com a possibilidade de baixar uma resolução para somar profissionais da imprensa às prioridades da campanha de imunização.

Já em Campo Grande, o presidente da Câmara de Vereadores, Carlão (PSB), disse que enviaria ofício à prefeitura para pedir a inclusão da categoria na fila.