Enquanto o preço do litro da custa até R$ 5,50 em Mato Grosso do Sul, o comentário do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) rejeitando a revisão do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do combustível gerou revolta nos sul-mato-grossenses. Em postagens nas redes sociais, usuários pediram a diminuição de ‘privilégios’ e corte de comissionados, diante da fala de Reinaldo de que o Estado poderia “quebrar” caso houvesse mudança repentina na alíquota do ICMS sobre a gasolina.

Só em janeiro de 2021, o Governo de Mato Grosso do Sul arrecadou R$ 266,8 milhões em ICMS. “Só diminuir salário e privilégio dos políticos”, disse um sul-mato-grossense nas redes sociais. “Se começar a diminuir os cargos comissionados os apadrinhados, será uma economia formidável”, comentou outro.

Outros usuários também enfatizaram que a retirada total não é necessária. “Não precisa zerar, [e sim] diminuir a metade; faz isso pelo povo”, pediu um deles. “Ninguém falo em tirar o ICMS; é baixar um pouco pela metade já tá bom”, escreveu outro. Mais comentários podem ser conferidos na postagem do Jornal Midiamax no Facebook. 

No Estado, a alíquota da gasolina é de 30% atualmente. A percentagem passou a vigorar no ano passado, quando subiu de 25% para o valor atual. O mesmo projeto que previa o aumento, também trouxe a diminuição de 5 pontos percentuais no álcool.

O objetivo era estimular o uso de etanol, produzido no Estado, mas, na época, a medida, apontada como uma forma de beneficiar os usineiros, acabou não tendo o efeito esperado e o nas bombas não baixou na escala projetada.

Confira outros comentários.

Comentário de Reinaldo sobre Estado 'quebrar' com revisão de ICMS revolta sul-mato-grossenses
(Foto: Reprodução/ Midiamax)

Mais aumento previsto

Se hoje os valores cobrados já assustam, a situação pode piorar. O diretor do Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de e Lubrificantes MS), Edson Lazarotto, explica que, com o novo reajuste anunciado na quinta-feira (18), o preço poderá ser sentido já no bolso do consumidor nesta semana. A alta nos preços é notada em praticamente todo o Estado.