Câmara manda ofício após deputado bolsonarista chamar papa Francisco de ‘pedófilo safado’

Caso aconteceu na Assembleia Legislativa de São Paulo

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Vereadores durante sessão na Câmara Municipal de Campo Grande
Vereadores durante sessão na Câmara Municipal de Campo Grande

A Câmara Municipal de Campo Grande vai  mandar ofício para Assembleia Legislativa de São Paulo, se posicionando contra as falas do deputado Frederico D´Avila (PSL-SP) que, na quinta-feira (14), durante sessão naquele Estado, chamou religiosos, incluindo o papa Francisco, de ‘safados’, ‘vagabundos’ e ‘pedófilos’. 

O vereador Airton Araújo (PT) apresentou uma moção de repúdio, citando o episódio. Concordando com o repúdio às falas, o vereador João Rocha (PSDB) sugeriu que, ao invés de uma moção, um ‘expediente’ poderia ser enviado pela Casa de Leis de Campo Grande. 

“Eu estou de acordo com a defesa [do vereador Airton]. Eu vi a fala infeliz do deputado, e eu sou extremamente contra qualquer parlamentar usar tribuna como capa para passar dos limites. Nós temos imunidade, mas não somos imunes. O deputado foi extremamente infeliz. A forma jocosa, pequena, não pode passar impune”, disse o tucano.

Presidente da Câmara Municipal, vereador Carlão (PSB) disse que o documento, que será elaborado, citará o despreparo e desrespeito do deputado. “Uma pessoa morreu nesta semana porque não teve respeito pela orientação dele”. O dirigente fez menção ao caso do dentista Gustavo Lima, que morreu na quinta-feira (14). Ele tinha depressão e, mais recentemente, foi vítima de homofobia durante a vacinação contra Covid-19, o que teria agravado o quadro. 

Xingamentos

Na terça-feira (12), Dia de Nossa Senhora Aparecida, Dom Orlando Brandes criticou a disseminação de notícias falsas e o armamento da população. Ele não mencionou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas usou o slogan do governo federal para afirmar que ‘para ser pátria amada não pode ser pátria armada’. 

Depois, o deputado bolsonarista fez uma série de ataques ao arcebispo e ao papa Francisco. As ofensas foram proferidas durante discurso na Assembleia Legislativa de São Paulo.

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