A justiça das urnas foi implacável com os vereadores envolvidos em escândalos de corrupção durante o exercício de seus mandatos em Dourados. Entre os que também foram condenados pelos eleitores no dia 15 de novembro estão Pedro Pepa (DEM), Cirilo Ramão (MDB) e  Denize Portolann (PSDB), que não foram reeleitos.

Os votos conseguidos pelos três juntos totalizaram 2.021. Esse desempenho coletivo é inferior ao resultado obtido individualmente por Pedro Pepa, que em 2016 foi reeleito com 2.305 votos. Neste pleito ele conseguiu somente 872.

A situação de seus colegas de parlamento não é diferente. Em 2016, o Pastor Cirilo, como é conhecido conseguiu se eleger com 1.238 votos. Agora, ele teve somente 542. Já a vereadora Denize, que na disputa anterior obteve 1.331 votos, neste ano recebeu 337. Mesmo assim, eles ainda conseguiram ficar na suplência.

O envolvimento de Cirilo Ramão e Pedro Pepa com a Justiça teve início em dezembro de 2018, quando foram presos pela primeira vez em operação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) contra esquema de pagamento de propina em troca de aprovação de empresas fantasmas em licitações.

Os dois candidatos voltaram a ser presos no dia 30 de agosto, quando foram retirados por agente da Polícia em plena sessão da Câmara. Na época os mandados foram cumpridos por determinação do juiz da 1ª Vara Criminal de Dourados, Alessandro Leite Pereira, segundo a qual eles teriam descumprindo decisões judiciais.

Tanto Pepa quanto Cirilo,  tiveram seus mandados cassados, mas acabaram retornando aos cargos. Já Denize Portolan, foi presa em outro de 2018, durante operação também desencadeada pelo MPMS.

Ela, inclusive, conseguiu o direito de receber salários durante o período em cumpriu pena, a exemplo do colega de partido Idenor Machado (PSDB). Os três candidatos fizeram parte da coligação “Reconstruir é Nosso Desafio”, apoiada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB).