Terenas entram na Justiça contra nomeação de Magalhães na Funai de Campo Grande
Lideranças do Conselho Terena entraram com uma ação da Justiça contra a nomeação de José Magalhães Filho como coordenador regional da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Campo Grande. Eles se opõe a ideias defendidas pelo novo dirigente do órgão, como a integração de indígenas com o restante da sociedade através de namoros. Conhecido como […]
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Lideranças do Conselho Terena entraram com uma ação da Justiça contra a nomeação de José Magalhães Filho como coordenador regional da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Campo Grande. Eles se opõe a ideias defendidas pelo novo dirigente do órgão, como a integração de indígenas com o restante da sociedade através de namoros.
Conhecido como Magalhães do Megafone, ele causou polêmica por afirmar em entrevistas na semana passada que tinha em seus planos fazer uma suposta integração dos “indiozinhos” com a sociedade, fazendo com que eles namorassem também com “o pretinho, a branquinha”. Além disso, ele tratou as línguas indígenas como elementos dificultadores.
“Tais declarações revelam o quanto o coordenador nomeado é alienado a questão indígena no estado, marcada notadamente pelo conflito fundiário, assassinato sistêmico de líderes indígenas, alta taxa de suicídio e desassistência a saúde indígena”, frisam as lideranças no texto da petição inicial da ação popular.
O processo foi ingressado nesta quinta-feira (13) e é encabeçado pelas lideranças Lindomar Terena e o advogado Luiz Henrique Eloy, também indígena terena. Constam como réus o secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública e a União Federal. O caso tramita na 2ª Vara Federal de Campo Grande.
Magalhães Filho
O novo chefe da Funai em Campo Grande ficou conhecido como Magalhães do Megafone por ficar vários anos na avenida Afonso Pena, entre as ruas 13 de Maio e 14 de Julho, sempre aos domingos, com mensagens que pediam, entre várias situações, para que os políticos “farinha do mesmo saco” não fossem reeleitas.
Foi ele também quem ingressou em 2007 com ação contra o então presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos, pedindo a quebra de sigilo do salário de parlamentares. Três anos depois ele repetiu a ação para que fosse detalhado o salário de um deputado estadual. Já em 2012, ele atirou ovos contra si na Câmara Municipal.
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