Sérgio Moro depõe neste sábado à Polícia Federal e PGR
O ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, depõe neste sábado (2) à Polícia Federal e à PGR (Procuradoria-Geral da República) em Curitiba (PR), onde voltou a morar desde que pediu demissão do cargo em meio a desavenças com o presidente Jair Bolsonaro. A oitiva deve ser feita entre as 10h e 13h (de MS), segundo informações […]
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O ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, depõe neste sábado (2) à Polícia Federal e à PGR (Procuradoria-Geral da República) em Curitiba (PR), onde voltou a morar desde que pediu demissão do cargo em meio a desavenças com o presidente Jair Bolsonaro. A oitiva deve ser feita entre as 10h e 13h (de MS), segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo.
Inicialmente, o depoimento ocorreria apenas à PF, contudo, na noite de sexta-feira (1º), o ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), acatou pedido do chefe da PGR, Augusto Aras, e designou três procuradores para acompanhar os trabalhos.
Mello já havia exigido que a oitiva ocorresse em até cinco dias, atendendo a pedidos levados ao STF pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e os deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-SE), responsáveis também pelo pedido ao STF para que os delegados da Polícia Federal envolvidos com o Serviço de Inquéritos Especiais fossem mantidos.
A ruptura entre Moro e Bolsonaro teve como ápice a rejeição do ministro em substituir o diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, em meio a supostas movimentações para ter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência da PF. O presidente negou a acusação, embora desde 2019 tentasse tirar Valeixo da PF. O ex-ministro disse ter provas da acusação, motivando a atual apuração. Trocas de mensagens apresentadas por Moro sobre o tema foram exibidas na TV para fundamentar suas acusações.
Com base nas suspeitas, o STF, por meio de decisão do ministro Alexandre de Moraes, barrou a indicação do delegado Alexandre Ramagem, próximo a Bolsonaro e atual diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), para assumir a PF. O presidente afirmou, em redes sociais, ver motivação política na ação.
Na noite de sexta, Bolsonaro se reuniu por três horas com os ministros André Mendonça (Justiça), substituto de Moro, e Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União), em compromisso que não constava em sua agenda oficial.
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